A primeira testemunha policial reconheceu que existem enormes diferenças entre o Batasuna e o Sortu durante o seu depoimento. Amanhã a sessão será retomada na Sala 61 e prevê-se que o Supremo espanhol tome uma decisão ainda esta semana.
Depois de a Sala 61 ter decidido, tal como lhe fora solicitado pela defesa do Sortu, exercida por Iñigo Iruin e Adolfo Araiz, que os polícias depusessem apenas como testemunhas e não como peritos, teve início o depoimento do agente 19.242, habitual em processos contra a esquerda abertzale.
Manteve até ao final a tese defendida pela Procuradoria e a Magistratura do Estado de que o Sortu é uma continuidade do Batasuna, embora as suas declarações tenham deixado em evidência o contrário.
As questões das partes centraram-se no processo de debate interno realizado pela esquerda abertzale, questão obviada nos relatórios policiais que sustentam as impugnações do registo do Sortu.
Nas suas afirmações, a testemunha policial reconheceu que se verificou uma ruptura e que foi aprovada uma estratégia diferente. Admitiu que nunca até então se tinha debatido a estratégia político-militar.
Afirmou, neste contexto, que nunca tinha visto «preto no branco» a aposta exclusiva nas vias políticas. Referiu assim que, se no documento anterior ao debate se falava das vias políticas como fundamentais, já em «Zutik Euskal Herria» eram as únicas, facto que qualificou como um avanço.
Depois de se pronunciar desta forma, a defesa do Sortu perguntou-lhe se mantinha a tese da continuidade. Depois de muito hesitar, respondeu que sim.
No final deste depoimento, o tribunal decretou um intervalo de uma hora, após o qual iriam prosseguir os depoimentos das restantes testemunhas policiais.
O magistrado do MP retira uma «prova»
O magistrado do MP retirou uma das «provas» que incluía no seu relatório, a que referia que um dos promotores do Sortu tinha uma conta bancária a favor dos presos políticos bascos.
No início da audiência, disse que, após as explicações recebidas, ficou claro que o propósito da referida conta era o de ajudar membros da Faculdade de Informática de Donostia.
Na Audiência Nacional, diz-se que a decisão dos magistrados será bastante rápida e que na quarta-feira já deverá ser conhecida uma decisão.
Os agentes da Guarda Civil
Na sessão vespertina, participou um elemento da Guarda Civil. A partir do seu depoimento é possível depreender a coordenação existente entre os agentes da Polícia espanhola e da Guarda Civil que compareceram na sessão, já que, para além de manterem a mesma tese, utilizaram inclusive as mesmas palavras em certos momentos.
Assim, no depoimento desta tarde, o agente da Guarda Civil afirmou que não vê a existência de uma ruptura real e sublinhou a tese da continuidade. A mesma que defendem a Procuradoria e a Magistratura do Estado. E, embora admita a existência de divergências, o guarda civil em causa também afirmou que a ruptura com o passado proclamada pelo Sortu não é crível.
À espera do depoimento dos outros dois agentes da Guarda Civil, um outro momento relevante na sessão da tarde ocorreu quando o perito da Guarda Civil foi questionado sobre um relatório atribuído ao Instituto Militar e que, concretamente, foi publicado nos jornais do Grupo Vocento.
Nessa informação, alegadamente um furo jornalístico quando ainda não tinham sido apresentados os pedidos de impugnação por parte da Procuradoria e da Magistratura do Estado, incidia-se nas dissensões existentes no seio da esquerda abertzale após o debate interno e na sequência da apresentação do Sortu. Tudo isso para concluir com a mudança profunda havida na esquerda abertzale.
Mas hoje, quando perguntaram ao agente da Guarda Civil se esse relatório foi realizado por ele, este respondeu que não. Acrescentou que alguém «meteu um golo aos jornalistas». Não obstante, o agente em causa disse que relatório foi de facto realizado por ele, ao que parece efectuado no mesmo dia que o datado pelo grupo Vocento. Evidentemente, no relatório «oficial» não existem referências concretas ou exemplos dessa divergência na esquerda abertzale.
Depois de a Sala 61 ter decidido, tal como lhe fora solicitado pela defesa do Sortu, exercida por Iñigo Iruin e Adolfo Araiz, que os polícias depusessem apenas como testemunhas e não como peritos, teve início o depoimento do agente 19.242, habitual em processos contra a esquerda abertzale.
Manteve até ao final a tese defendida pela Procuradoria e a Magistratura do Estado de que o Sortu é uma continuidade do Batasuna, embora as suas declarações tenham deixado em evidência o contrário.
As questões das partes centraram-se no processo de debate interno realizado pela esquerda abertzale, questão obviada nos relatórios policiais que sustentam as impugnações do registo do Sortu.
Nas suas afirmações, a testemunha policial reconheceu que se verificou uma ruptura e que foi aprovada uma estratégia diferente. Admitiu que nunca até então se tinha debatido a estratégia político-militar.
Afirmou, neste contexto, que nunca tinha visto «preto no branco» a aposta exclusiva nas vias políticas. Referiu assim que, se no documento anterior ao debate se falava das vias políticas como fundamentais, já em «Zutik Euskal Herria» eram as únicas, facto que qualificou como um avanço.
Depois de se pronunciar desta forma, a defesa do Sortu perguntou-lhe se mantinha a tese da continuidade. Depois de muito hesitar, respondeu que sim.
No final deste depoimento, o tribunal decretou um intervalo de uma hora, após o qual iriam prosseguir os depoimentos das restantes testemunhas policiais.
O magistrado do MP retira uma «prova»
O magistrado do MP retirou uma das «provas» que incluía no seu relatório, a que referia que um dos promotores do Sortu tinha uma conta bancária a favor dos presos políticos bascos.
No início da audiência, disse que, após as explicações recebidas, ficou claro que o propósito da referida conta era o de ajudar membros da Faculdade de Informática de Donostia.
Na Audiência Nacional, diz-se que a decisão dos magistrados será bastante rápida e que na quarta-feira já deverá ser conhecida uma decisão.
Os agentes da Guarda Civil
Na sessão vespertina, participou um elemento da Guarda Civil. A partir do seu depoimento é possível depreender a coordenação existente entre os agentes da Polícia espanhola e da Guarda Civil que compareceram na sessão, já que, para além de manterem a mesma tese, utilizaram inclusive as mesmas palavras em certos momentos.
Assim, no depoimento desta tarde, o agente da Guarda Civil afirmou que não vê a existência de uma ruptura real e sublinhou a tese da continuidade. A mesma que defendem a Procuradoria e a Magistratura do Estado. E, embora admita a existência de divergências, o guarda civil em causa também afirmou que a ruptura com o passado proclamada pelo Sortu não é crível.
À espera do depoimento dos outros dois agentes da Guarda Civil, um outro momento relevante na sessão da tarde ocorreu quando o perito da Guarda Civil foi questionado sobre um relatório atribuído ao Instituto Militar e que, concretamente, foi publicado nos jornais do Grupo Vocento.
Nessa informação, alegadamente um furo jornalístico quando ainda não tinham sido apresentados os pedidos de impugnação por parte da Procuradoria e da Magistratura do Estado, incidia-se nas dissensões existentes no seio da esquerda abertzale após o debate interno e na sequência da apresentação do Sortu. Tudo isso para concluir com a mudança profunda havida na esquerda abertzale.
Mas hoje, quando perguntaram ao agente da Guarda Civil se esse relatório foi realizado por ele, este respondeu que não. Acrescentou que alguém «meteu um golo aos jornalistas». Não obstante, o agente em causa disse que relatório foi de facto realizado por ele, ao que parece efectuado no mesmo dia que o datado pelo grupo Vocento. Evidentemente, no relatório «oficial» não existem referências concretas ou exemplos dessa divergência na esquerda abertzale.
Amanhã, os relatórios
A sessão de hoje, que terminou por volta das 19h40, será retomada amanhã às 10h00 da manhã na Sala 61. Prevê-se que a audiência pública termine amanhã, depois de analisados e tratados os relatórios da Procuradoria e da Magistratura do Estado.
Para além disso, prevê-se que a Sala especial do Supremo Tribunal espanhol comece a deliberar amanhã mesmo e que tome uma decisão sobre a ilegalização do Sortu ao longo desta semana.
Fonte: Gara