quarta-feira, 23 de março de 2011

A EHBai não dá indicação de voto para a segunda volta mas vai reunir-se com forças políticas

Representantes da coligação EHBai (AB, Batasuna e EA) deixaram claro na segunda-feira, em Baiona, que não darão qualquer indicação de voto por considerarem que, onde não podem estar na segunda volta, o seu projecto político «não está representado por nenhum dos [outros] candidatos».

A coligação abertzale decidiu «superar a simples interpelação aos candidatos a título pessoal» por terem constatado que, nalguns cantões, «candidatos e eleitos mantêm um discurso que depois não é posto em prática pelos partidos e estruturas políticas correspondentes».

É por isso que não vão pedir o voto para ninguém em concreto. Não obstante, mesmo tendo a consciência de que «os eleitores são os únicos depositários do seu voto», a EHBai resolveu reunir-se com os responsáveis das três forças políticas que ficaram na liça para a segunda ronda, a saber, UMP, Forces 64 (centristas) e PS. Na segunda-feira, já tinham marcado reunião com duas delas.

O EHBai vai colocar-lhes uma série de questões por escrito, solicitando-lhes que se pronunciem de forma clara sobre elas; algo que tornarão público posteriormente para «orientar a eleição dos votantes».

Quatro questões-chave
Uma das perguntas diz respeito ao futuro institucional de Ipar Euskal Herria. A coligação pedir-lhes-á um compromisso para iniciar um debate nos próximos seis meses e uma consulta popular no prazo de um ano.

Solicitará também um posicionamento sobre o euskara, que deverá concretizar-se, na prática, numa proposta de moção sobre a sua oficialização, e também a do bearnês.

Reclamará que não rubriquem o protocolo do acordo Estado-Conselho Geral no que respeita à linha do TGV e perguntará se estão dispostos a transferir os fundos previstos para a sua construção para políticas económicas que garantam o emprego e a cobertura social.

Finalmente, irão interpelá-los a respeito das iniciativas que estariam dispostos a tomar para apoiar o processo de resolução democrático do conflito político iniciado em Euskal Herria e fazer «que o Estado francês participe [nele] positivamente».

Arantxa MANTEROLA
Fonte: Gara

Ver também: «Tudo é possível», de Goizeder TABERNA (Lejpb-EHko_kazeta)