sexta-feira, 18 de março de 2011

Os dois Txomin detidos em Pau vão a julgamento


Txomin Catalogne e Txomin Iriart-Urruti, os dois membros da Segi detidos na terça-feira em Pau, foram postos em liberdade anteontem à tarde, depois de serem presentes ao procurador da República, e enfrentam acusações de «violência agravada com arma a agente policial» e de «recusa a dar amostras de ADN». Por isso, irão a julgamento no Tribunal Correccional de Pau no dia 5 de Maio.
Tanto a Askatasuna como a Segi criticaram o processamento dos dois jovens. Dirigindo-se às autoridades francesas, o organismo anti-repressivo afirmou que, «em vez de acossar militantes que denunciam a aplicação política dos mandados europeus, seria melhor se participassem no processo de resolução do conflito político começando por respeitar os seus direitos».
Na mesma linha, a Segi reafirmou que «os acontecimentos das últimas semanas confirmam que Paris e Madrid abordam a nova fase criada em Euskal Herria sem alterarem um milímetro a sua estratégia de desprezo e repressão». Pediu-lhes que abandonem essa forma de proceder e fez um novo apelo à «juventude basca para que se una, organize e lute, porque tem a responsabilidade de levar até à vitória a luta de vários decénios e de abrir as portas da liberdade a Euskal Herria».
Na quarta-feira à noite, houve concentrações solidárias em Kanbo (50 pessoas; na terça-feira, 163) e em Larzabale (23 pessoas; 33 no dia anterior). Arantxa MANTEROLA
Fonte: Gara e Lejpb-EHko_kazeta

«Mila esker babesa eskaini diguzuen guztioi», de Jazint e Xalba RAMIREZ, presos políticos, de Toulouse Seysses

Gasteiz, 12 de Março de 2011: acção repressiva da Ertzaintza em actos de natureza política e cultural
De acordo com a nota emitida pelo Movimento pró-Amnistia, no sábado passado estava programada para Gasteiz uma jornada sobre o movimento juvenil independentista de Araba e, quando os jovens se preparavam para dar uma conferência de imprensa com o propósito de denunciar a criminalização da juventude independentista, a Ertzaintza apareceu no local e impediu a sua realização, o que forçou a sua transferência para um outro local. Ao longo do dia, diz a nota do AAM, a presença da Ertzaintza foi uma constante, sendo que os momentos mais críticos se viveram quando se estava a gravar um Lip-Dub. Durante a gravação de uma cena em que apareciam fotos de jovens independentistas presos, surgiram uma furgoneta e uma patrulha da Ertzaintza, que procedeu à identificação de vários jovens (cerca de vinte) e apreendeu as imagens referidas.
Posteriormente, num acto político em que a esquerda abertzale apresentava o programa eleitoral («herri programa») para Gasteiz, a Ertzaintza meteu-se de forma insultuosa e agressiva com as pessoas que se dirigiam para o local, na Parte Velha da capital de Araba. De acordo com o Movimento pró-Amnistia, agentes da Polícia autonómica ameaçaram alguns dos assistentes, dizendo-lhes que os iriam untar com vaselina e meter-lhes um pau no ânus (aludindo aos últimos episódios de tortura denunciados por Beatriz Etxebarria). Também se dirigiram a uma outra pessoa, dizendo-lhe: «hijo puta, a ti ya te cogeremos».
Ver: askatu.org

Esteban Muruetagoiena, uma das 13 pessoas que morreram em Euskal Herria por causa da tortura No 28 de Março, dia em que serão apresentadas as conclusões do Fórum Cívico contra a Tortura, passam 29 anos da morte de Esteban Muruetagoiena, uma das 13 pessoas que nas últimas décadas faleceram neste país vítimas da tortura. Por isso, a organização decidiu atribuir o seu nome a estas jornadas, e a 28 de Março, juntamente com as conclusões do debate, haverá também um pequeno acto em sua memória e das restantes pessoas que morreram devido à tortura.
Notícia completa: ateakireki.com / Ver programa do Fórum Cívico contra a Tortura «Esteban Muruetagoiena» aqui