A Brigada Basca, composta por seis jovens, foi até à Venezuela para conhecer os avanços da Revolução Bolivariana.
Numa entrevista, disseram que, com as suas viagens, pretendem conhecer de perto o processo que o país atravessa desde 1998. «Desta vez interessa-nos conhecer a fundo a democracia participativa que se pratica aqui e as diferentes formas de produção alternativa que surgiram, como as cooperativas e as empresas recuperadas», disse Ekain.
Pensam que a participação popular na tomada de decisões é fundamental para a verdadeira democracia. «Chama bastante a atenção o modo como funcionam os conselhos comunais, por exemplo. É um verdadeiro exemplo de democracia participativa, sendo que a vontade das pessoas não se vê apenas reflectida no voto, mas também no quotidiano, na vida da comunidade», acrescentou.
Também se referiram ao controlo das empresas recuperadas pelos trabalhadores e às cooperativas, que encaram como uma forma de «manter alguma independência relativamente ao sistema capitalista».
«A organização dos países tem de ser do povo, pelo povo e para o povo. O que se está a passar na Venezuela vai por esse caminho», disse Ibon.
Tendo como base esta experiência, os jovens bascos vão pôr em prática no seu país algumas das coisas que aprenderem na Venezuela.Para os jovens ibéricos, o internacionalismo é fundamental para as lutas dos povos oprimidos do mundo.
Defendem que a unidade é a chave do triunfo do socialismo sobre o capitalismo. «Não faz sentido que nós, que lutamos por um sistema político justo, o façamos apenas a nível do bairro, do país, e nem sequer a nível do continente. Estamos a lutar contra quem tem o poder político e económico, e a única maneira de termos êxito é unindo-nos», disse um deles.
Ver ainda: «Muito mais que um grupo armado» / «Os povos unidos» / «500 anos de luta pelo direito a um país»
Fonte: lahaine.org