A mobilização, que teve de alterar o seu percurso na sequência das pressões exercidas pelo Departamento do Interior do Governo de Gasteiz, procura ser o prelúdio de «um novo tempo político em que os direitos civis e políticos se materializem com a legalização do Sortu, o fim da repressão e a mudança na política penitenciária».«Euskal Herria Libre eta Legala. Eskubide guztiak guztiontzat» [Euskal Herria Livre e Legal. Todos os direitos para todos] foi o lema escolhido pelo movimento Eleak para encabeçar a manifestação que precedeu o início da Aste Nagusia [Semana Grande] donostiarra. Foram os próprios convocantes que se encarregaram de levar a faixa.
Inúmeros representantes políticos, sociais e sindicais de Euskal Herria tinham feito um apelo à sociedade no sentido de responder à convocatória do Eleak, entre os quais a Alternatiba, a esquerda abertzale ou a Etxerat.
Com os primeiros passos dos manifestantes, que suscitaram a curiosidade de grande número de visitantes que a capital donostiarra acolhe durante o Verão, ouviram-se várias palavras de ordem, principalmente a favor da independência e do repatriamento dos presos políticos bascos.
Com vista ao novo ano político
No final da manifestação, na Praça Okendo, o porta-voz do Eleak, Joxean Agirre, tomou a palavra e, depois de agradecer a resposta que os cidadãos deram à convocatória, denunciou os «obstáculos» colocados pelo Departamento de Rodolfo Ares à realização da mobilização.
Durante a sua alocução, em euskara e castelhano, que foi incomodada pelo ruído estridente de um helicóptero da Ertzaintza - durante toda a manifestação voou muito baixo, provocando muito ruído -, Agirre afirmou que «o PSOE e o PP andam nervosos e que apenas se acalmam quando proíbem, colocam obstáculos ou limitam algum direito, por mais básico que seja, como o direito dos cidadãos a expressarem as suas exigências e reivindicações nas ruas, no seu ponto de encontro natural».
Por isso, o colectivo Eleak pediu aos partidos referidos, de forma explícita, que ultrapassem a actual fase de imobilismo, «para que o novo ano político arranque, em Setembro, com uma nova política, na qual ambos devem ter um protagonismo inegável».
VER, na sequência: «Passos concretos» / «Vítimas multilaterais»
Notícia completa: Gara
Ver também: 
José Blanco, homem de muitos cargos (vice-secretário geral do PSOE, ministro do Fomento e porta-voz do Governo), avisou o Bildu que os seus membros «estão sob vigilância». Isto é oficial.
