Mikeldi Zenigaonaindia, jovem de Aulesti (Bizkaia), apresentou queixa em tribunal no dia 22 de Julho e, um mês depois, decidiu dar a conhecer à opinião pública aquilo que se passou.
Não é a primeira vez que Zenigaonaindia é alvo de ameaças. O ano passado, afirmou ter sido raptado duas vezes por militares da Guarda Civil. Desta vez, apareceram quatro desconhecidos quando ia entrar na furgoneta. Dois deles entraram para a parte traseira da viatura: «Bom dia, Mikeldi; somos nós outra vez, e, tal como te dissemos das outras vezes, queremos ser teus amigos, e para tal precisamos da tua ajuda», disseram-lhe em castelhano. Disseram-lhe também que tinham provas da sua participação em duas acções de violência urbana e que, se não colaborasse, iriam atrás dos seus próximos.
Depois de Zenigaonaindia ter dado a conhecer o caso, o Movimento pró-Amnistia denunciou a «hipocrisia do Governo Espanhol»: «farta-se de falar da violência policial na Líbia ou na Síria, mas, quando se trata da repressão em Euskal Herria, olha para outro lado».
O Movimento pró-Amnistia fez saber que este caso não é o único e que nos últimos meses têm aumentado as propostas se trabalhar como delator. «Estes funcionários do Estado que vivem à custa do dinheiro de todos nós recorrem à chantagem e às ameaças para pedir a nossa colaboração e, se não nos mostramos disponíveis, tentam dar-nos cabo da vida», afirmaram. Para além de pedir o fim da perseguição aos cidadãos bascos e de realçar a importância das denúncias públicas e das queixas nos tribunais, o Movimento pró-Amnistia considerou essencial a solidariedade dos cidadãos.
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