No dia 24 de Agosto de 1994, Roberto Facal e Fernando Morroni eram mortos a tiro pela Polícia uruguaia quando defendiam em Montevideu o direito de asilo para três refugiados bascos. Desde então, Norma Morroni, mãe de Fernando, estabeleceu um laço especial de solidariedade com Euskal Herria.
Norma MORRONI, mãe de Fernando Morroni, entrevistada por Jon Mikel FERNÁNDEZ em Montevideu
Se há uma data que une Euskal Herria e o Uruguai, é a de 24 de Agosto. Como todos os anos, na quarta-feira centenas e centenas de pessoas vão encher as ruas de Montevideu e reclamar justiça por tudo o que aconteceu há 17 anos nos arredores do hospital de Filtro. Norma Morroni sabe-o muito bem. É a mãe de Fernando, um dos dois jovens uruguaios que foram mortos pelos disparos da Polícia no dia 24 de Agosto de 1994 quando participavam num grande protesto para exigir o direito de asilo para três refugiados bascos que corriam o risco de extradição para o Estado espanhol.
Desde então já passaram 17 anos e a justiça prima pela sua ausência tanto num como no outro lado do Atlântico. Em Euskal Herria e no Uruguai, os responsáveis pela repressão continuam a gozar de impunidade. E é precisamente a denúncia dessa impunidade aquilo que Norma Morroni acaba por representar. Com a sua humildade, Norma reflecte a solidariedade entre dois povos, o uruguaio e o basco.
VER: Gara