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Os arguidos consideraram que o facto de o tribunal lhes ter permitido não ter de ouvir os depoimentos dos polícias e guardas civis evidencia «que tem noção de que fomos torturados».
Apesar disso, «os torturadores depuseram, mentiram sobre a forma (o modo como os detidos foram tratados) e sobre o fundo (a criminalização do movimento juvenil basco)».
«Se o tribunal sabe que nos torturaram, se sabe que a investigação policial e a instrução judicial que se seguiu não são conformes aos princípios dos direitos humanos, então devia invalidar todo o processo de instrução e arquivar o caso de imediato».
Recorde-se que 30 dos 40 acusados neste processo afirmaram ter sido torturados depois de terem sido detidos e ficado incomunicáveis. Nalguns casos, os jovens apresentaram queixa e há processos judiciais a decorrer. O julgamento, já com a sala vazia, prosseguiu com os depoimentos dos primeiros guardas civis. / Ver: naiz.info / Vídeo: momento em que abandonam a sala (Ateak Ireki)
«Hoje depõem os nossos "Billy el Niño" e isso é uma vergonha» Os jovens independentistas que estão a ser julgados na Audiência Nacional espanhola denunciaram a utilização da tortura no Estado espanhol como forma de conseguir depoimentos incriminatórios, que depois são utilizados como prova para os condenar. / Fonte: ateakireki.com
Ver: «Manifestação em Madrid contra os julgamentos políticos dos jovens bascos» (boltxe.info)
No sábado, acção solidária com a juventude basca em Madrid: manifestação contra os julgamentos políticos e contra a criminalização da juventude (Praça Tirso de Molina, 18h30).