Os responsáveis pelo Udazkenfest, festival organizado para ajudar 56 famílias alavesas a fazer frente às despesas provocadas pela política de dispersão dos presos políticos bascos, deram hoje uma conferência de imprensa na capital de Araba para avaliar a decisão do Município de Gasteiz de proibir a realização do festival, e para dar a conhecer a sua resposta.
Os organizadores afirmaram que a Câmara Municipal de Gasteiz lhes comunicou a proibição à última hora [o festival era na quinta-feira], recorrendo a dois argumentos: falta de segurança privada e o facto de a organização ir obter lucros com a venda das entradas. Para os organizadores, a argumentação da Câmara para proibir o festival na véspera «não faz qualquer sentido».
Por um lado, afirmaram, a segurança foi garantida por voluntários; quanto ao dinheiro obtido com as entradas, foi anunciado há muito que o objectivo do festival era dá-lo às 56 famílias do herrialde que sofrem as consequências da política de dispersão. Como tal, consideram que proibição de Javier Maroto (PP) constitui uma «decisão política».
Criticaram ainda o Município pelo facto de «facilitar ou dificultar a utilização dos espaços municipais de acordo com os seus interesses políticos».

Do cartaz do festival que era para ter lugar amanhã, agora cancelado em virtude da proibição referida, faziam parte os grupos Mandoilek, Arramazka, Gatillazo, Soziedad Alkoholika, Ze Esatek! e Tximeleta. / Ver: Berria e naiz.info