Pela terceira vez em menos de um mês, membros dos Euskal Herriaren Lagunak e de outros colectivos solidários com a causa basca na Argentina protagonizaram uma acção de protesto contra o antigo magistrado do tribunal especial espanhol.
Nesta ocasião, Garzón ia ser homenageado como «Visitante Ilustre» na cidade de Mar del Plata. No momento em que começou a falar, foi interrompido por internacionalistas, que o acusaram de ser responsável pelo facto de centenas de pessoas terem sido torturadas e encarceradas, com base na sua doutrina de que «tudo é ETA».
Os participantes, que exibiam ikurriñas e fotografias de presos bascos, chamaram «assassino» ao ex-magistrado, avisando-o que «como a los nazis te va a pasar, adonde vayas te iremos a buscar».
Garzón acusou aqueles que participavam no protesto de serem «nazis». «Os intolerantes interrompem estes actos democráticos nos quais todos podem expressar a sua opinião. Oxalá pudéssemos debater e não gritar», disse. Estas palavras ainda acirraram mais os protestos e os gritos de «repressor» e «fascista», segundo divulgaram os Euskal Herriaren Lagunak em comunicado.
«Não é só na Argentina que se protesta contra Garzón, pois na Colômbia organizações indígenas acusam-no de ter sido "colaboracionista" com o governo de Alvaro Uribe Vélez, e na Venezuela militantes chavistas acusam-no de agir em defesa da oposição ligada a Capriles», afirma-se no comunicado.
Na sequência deste protesto, duas homenagens previstas para a tarde foram suspensas. Em Setembro, protestos semelhantes levaram a que Garzón cancelasse a sua participação num colóquio em Buenos Aires e que abandonasse um programa de rádio, também na capital argentina, pela porta das traseiras e escoltado pela Polícia.
Protesto contra Garzón em Mar del Plata
Ver: naiz.info / Nota dos EHL, mais informação e fotos: askapena.org
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Terceiro protesto num mês contra Garzón na Argentina
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