segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Onze presos bascos em greve de fome na cadeia Sevilha II para denunciar condições de vida e maus-tratos

Os presos políticos bascos que se encontram na cadeia Sevilha II deram início a uma acção de protesto contra a forma como ali são tratados, segundo revelou a Etxerat numa nota. Iker Agirre, Gurutz Agirresarobe, Koldo Aparicio, Asier Arzalluz, Juan Mari Etxebarri, Garikoitz Etxeberria, Jesus Goikoetxea, Manuel Gonzalez, Juan Lorenzo, Roberto Lebrero e Urtzi Paul começaram hoje uma greve de fome por tempo indeterminado, enquanto Javi Agirre e Iñaki Arakama, que participam no protesto, não fazem greve de fome («por diversas razões»).

De acordo com a nota da Etxerat, há já muito tempo que a situação que se vive na prisão de Sevilha II é «bastante tensa»: «os presos são mantidos em isolamento constante; não podem realizar actividades; quando vão para o pátio, têm de passar por um detector de metais e ainda são alvo de uma inspecção corporal completa, que muitas vezes inclui os testículos ou o pénis».

A Etxerat refere-se ainda «a uma agressão sofrida pelo preso Arkaitz Bellon; às inspecções corporais aos presos depois das visitas íntimas (despindo-os completamente) e aos familiares antes de irem para as visitas íntimas ou de se dirigirem para o parlatório, fazendo com que perdessem visitas; entre muitas outras situações».

Confrontados com este panorama de «violação diária dos seus direitos», os presos bascos reuniram-se com o director do estabelecimento, «mas nada mudou». Antes de partirem para a greve de fome, também apresentaram queixas na justiça e junto das instituições penitenciárias, «mas sem resultados». / Ver: etxerat.info (eus / cas)

Familiares do preso Julen Mujika sofreram um acidente a caminho da cadeia de Seysses
A companheira e o filho do preso político basco Julen Mujika sofreram um acidente rodoviário na sexta-feira, 25, quando iam a caminho da prisão de Muret Seysses, revelou a Etxerat numa nota.

«A cerca de cinco minutos de Seysses, rebentou um pneu de um camião que seguia à sua frente. Uma parte do pneu foi parar debaixo da viatura em que seguiam os familiares de Mujika, que tiveram de parar numa berma da estrada», afirma-se na nota.

De acordo com a Etxerat, não houve feridos, mas a viatura ficou danificada (um pneu e o radiador furados). Esperaram ali duas horas, e depois tiveram de ir à Gendarmerie local tratar das papeladas relacionadas com o acidente. Com tudo isto, «perderam a visita e carro teve de ficar em Toulouse».

A Etxerat realçou o facto de este ser o oitavo acidente provocado pela política de dispersão este ano. Exigiu o fim da política de excepção e o regresso dos presos políticos bascos a Euskal Herria. / Ver: etxerat.info (eus / cas / fra)

«O preso Mikel Vargas foi libertado» (naiz.info)
O preso donostiarra Mikel Vargas, acusado de pertencer à Segi e encarcerado em Outubro de 2011, foi hoje libertado, depois de ter cumprido uma pena de dois anos. Passou os últimos meses na cadeia de Palência (Espanha), de onde saiu hoje de manhã. [Ongi etorri, Mikel!]