quinta-feira, 15 de maio de 2014

A Etxerat exige o fim da dispersão no 25.º aniversário da sua aplicação

A Etxerat concentrou-se hoje ao meio-dia frente às delegações do Governo espanhol nas quatro capitais do País Basco Sul - Donostia, Gasteiz, Bilbo e Iruñea - para denunciar o sofrimento que a política de dispersão dos presos bascos causou nos últimos 25 anos e exigir o seu fim.

Em Gasteiz, realizou-se uma concentração na Praça da Virgem Branca e, dali, os participantes seguiram para a Delegação do Governo. Nagore López de Luzuriaga e Izaskun Abaigar recordaram que a dispersão provocou a morte de 16 familiares ou amigos dos presos políticos bascos e centenas de feridos, que podem vir a ser mais se a medida não for desactivada, alertaram.

Hoje em dia, há 491 prisioneiros espalhados por 78 cadeias espanholas e francesas. Nos últimos três anos faleceram três presos políticos bascos na cadeia, e há doze que continuam encarcerados com doenças graves.

Em Iruñea, a concentração frente à Delegação do Governo não foi autorizada. Desde que Carmen Alba é delegada, raramente alguma coisa é autorizada [mas não houve problema com a exposição sobre o Regimento América 66] e nada pode ser convocado com menos de dez dias de antecedência. Assim, a acção de protesto teve de dividir-se em grupos de 19 pessoas, em três lugares diferentes: o primeiro grupo na Praça de Merindades, frente à Delegação; o segundo, frente à sede do PP; e o terceiro, junto à sede do PSOE.

«Continuamos a ser incómodos, o Governo quer tornar-nos invisíveis. A dispersão cheira a crime, e tratam-nos como delinquentes», disse Ana Fernánez, cuja irmã Sara morreu num acidente quando ia visitar um preso.

Em Donostia, a mobilização realizou-se na Praça Pio XII, no bairro de Amara [na foto], e em Bilbo na Praça Elíptica. / Ver: naiz.info e ahotsa.info / Mais fotos aqui. [Bada amaitzeko garaia! Etxean nahi ditugu!]