O Impulso Social, partido ultra-católico em que os carlistas da CTC se juntaram aos restos do partido de Blas Piñar, realizou ontem um acto na Alde Zaharra de Iruñea, ao qual não acorreram mais que uma dezena de simpatizantes. À entrada da Escola Pública San Francisco, várias dezenas de jovens concentraram-se para repudiar o fascismo.
O orador era Javier Garisoain, secretário-geral da Comunión Tradicionalista Carlista (CTC). Em vez de dar início ao acto na sala, Garisoain decidiu ir até à entrada para predicar aos ali concentrados.
«O sistema está a servir-se de vocês», disse-lhes. «Vocês andam enganados», afirmava, enquanto os presentes se riam. A concentração, à qual se juntaram muitos transeuntes - a quem se explicava o que se estava a passar - respondeu com palavras de ordem como «Iruña será la tumba del fascismo» ou «¡Cuneteros, cuneteros!».
Alguns «ultra-católicos» foram à procura de uma imagem de confronto. Contudo, não se viveram situações de excessiva tensão - o que se fica também a dever, porventura, à tentativa falhada de fazer o comício na praça -, e a Polícia nem sequer teve de criar um cordão de segurança para separar os antifascistas dos quatro ou cinco simpatizantes do Impulso Social que procuravam «convencer» quem protestava.
A Polícia quis dissolver a concentração, alegando que era ilegal. A resposta espontânea dos presentes foi entrar no acto político, mas isso não lhes foi permitido. Ao cabo de meia hora de discussões à porta da escola, Garisoain e os seus decidiram entrar no edifício e «ir à sua», tal como muitos moradores da Alde Zaharra lhes pediam havia bastante tempo. Pouco
depois, a concentração de protesto dissolveu-se por si mesma. / Ver: ahotsa.info