segunda-feira, 19 de maio de 2014

A juíza Servini está em Euskal Herria para ouvir as vítimas do franquismo

A juíza argentina María Servini de Cubría chegou a Euskal Herria, onde permanecerá até quarta-feira, para ouvir os depoimentos de vítimas do franquismo incluídas no processo judicial aberto em Buenos Aires.

A magistrada queria ouvir o depoimento do miliciano bilbaíno Félix Padín, de 97 anos, que passou por vário campos de concentração e de trabalhos forçados, mas tal não foi possível. A CNT já fez saber que nas próximas horas entregará à juíza o depoimento escrito de Padín.

A magistrada também pretende ouvir os irmãos Kalzada, filhos de um pai fuzilado pelas tropas franquistas em Busturia (Bizkaia) em 1937. Trata-se de Julen e Elisa Kalzada.

A juíza será ainda recebida oficialmente pelo autarca de Gernika-Lumo, José María Gorroño, e deverá visitar o Palácio de Aiete, em Donostia, onde o autarca, Juan Karlos Izagirre, lhe facultará informação e documentação necessária às suas investigações.

Depois da visita a Euskal Herria, a juíza seguirá para outros destinos, no estrangeiro: Sevilha, Málaga e Madrid.

Recorde-se que a juíza Servini solicitou ao Estado espanhol, no âmbito das investigações que está a realizar, a extradição para a Argentina do ex-inspector da Polícia Juan Antonio González Pacheco, Billy el Niño, e do ex-guarda civil Jesús Muñecas Aguilar, por torturas praticadas no franquismo. Contudo, o tribunal que sucedeu ao TOP franquista - a Audiência Nacional - recusou a sua extradição, por considerar que os crimes em causa prescreveram. / Ver: naiz.info e Berria