Dezenas de pessoas acorreram, ontem, à zona de San Francisco, na capital biscainha, onde a Ertzaintza executou o despejo de três famílias.
As pessoas tentaram evitar que os despejos se concretizassem, protestaram contra a expulsão destas três famílias de suas casas e exigiram o direito à habitação. A Ertzaintza, que mobilizou para o local um grande dispositivo em defesa dos interesses do Banco Popular, montou um cordão policial e acabou por retirar dali quem se manifestava contra o despejo, com bastante tensão à mistura, como relatou o advogado das três famílias, Patxi de la Fuente. Uma pessoa acabaria por ser acusada de «concentração ilegal» e «desordens públicas».
No momento do despejo, apenas uma das famílias se encontrava no andar - as outras duas já tinham procurado uma residência -, que continuou a pagar a renda até Maio, esperando que o despejo não viesse a ser executado. Mas os interesses da banca imperaram e os inquilinos acabaram por ser postos na rua. Seriam depois realojados numa casa da Câmara Municipal, segundo revelou o advogado, que criticou o serviço de mediação municipal por não ter agido de forma a impedir o que se passou. «É vergonhoso que ajam desta maneira, porque isto podia ter sido evitado. Enquanto não vêem gente na rua, não fazem nada», insistiu De la Fuente.
Em 2011, estas famílias assinaram um contrato de arrendamento por cinco anos, que «cumpriram». Há um ano, foi-lhes comunicado que, quando os contratos destas casas foram celebrados, com a empresa Proinsuco S.L., esta já não era proprietária, pelo que um juiz os considerou inválidos.
O actual dono é o Banco Popular, com quem os despejados tentaram negociar um novo contrato de arrendamento, sem êxito, acrescentou o advogado.
Despejo em San Francisco, Bilbo [BerriaTV]
Ver: naiz.info e boltxe.info / Mais fotos aqui.
sábado, 17 de maio de 2014
Três famílias despejadas de suas casas em Bilbo, com forte resposta da população
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