Foi a 27 de Outubro de 1969 que um tribunal militar espanhol condenou à morte Andoni Arrizabalaga, militante da ETA natural de Ondarroa, detido e brutalmente torturado em 1964, 1968 e 1969. O ondarrutarra dirigiu-se ao juiz em euskara: «Ni Andoni Arrizabalaga naiz, eta tribunal hau ez dut onartzen, ni bakarrik herriak epaituko nau!» [Sou Andoni Arrizabalaga e não reconheço este tribunal; a mim só o povo me julgará!]
As brutais torturas sofridas por Andoni às mãos da Guarda Civil (o famoso agente Muñecas é hoje um dos visados pela juíza Servini no processo contra os torturadores do franquismo), em épocas conhecidas como «estados de excepção» em Gipuzkoa e na Bizkaia (ver a entrevista de Joseba Sarrionandia no Argia), chegaram ao conhecimento de Telesforo Monzón (então em Iparralde), que escreveu o tema «Itziarren semea» em sua homenagem (a canção tornar-se-ia num hino popular).
Graças às mobilizações em Ondarroa, Euskal Herria e na Europa, a pena de morte foi comutada. Andoni esteve na cadeia até 1977, ano em que foi amnistiado.
Pantxo eta Peio - «Itziarren semea»
[Hitza / Letra] Ver: Turrune! e Turrune!, Argia (entrevista de Joseba Sarrionandia), Gara (entrevista ao irmão, Jon)
Gure memoria lapurtu nahi digute! [Na foto, Andoni é o do meio.]
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Andoni Arrizabalaga, «Itziarren Semea», 45 anos
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