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O mesmo tribunal que permitiu, num julgamento anterior, que 40 jovens independentistas saíssem da sala enquanto os torturadores estivessem a depor obrigou estes 28 jovens a confrontarem-se com os seus e a ouvir as mentiras que entenderam dizer, disfarçados – imagem clara do torpe papel que desempenham e da impunidade que lhes é garantida pelo Estado, cujos interesses servem como prevaricadores. Os torturados estão no banco dos réus.
Na breve alocução aos meios de comunicação social, realizada à saída do tribunal, os jovens referiram-se ainda à situação dos cinco que foram detidos no Muro Popular de Loiola e que se encontram actualmente na cadeia: foram alvo de revistas exaustivas e maus-tratos para que lhes tirassem as T-shirts que levavam vestidas, e foram obrigados a realizar longas viagens nas viaturas policiais em posturas forçadas.
Assim, tendo em conta que a última sessão de depoimentos de polícias torturadores está prevista para dia 30, os jovens arguidos apelam ao povo para que, nesse dia, se mobilize contra a tortura. / Ver: topatu.info