Na sexta-feira, 24, os votos dos representantes de PNV, PSE, PP, CCOO e Pixkanaka na assembleia-geral da Kutxa deram luz verde à sua transformação numa fundação bancária. Houve fortes protestos frente ao edifício onde a assembleia decorreu, em Donostia. Na madrugada anterior, foram colocados dois artefactos explosivos em sucursais da ainda «caixa basca», em Igorre (Bizkaia) e Gasteiz.
Os representantes do EH Bildu na assembleia abandonaram-na depois de não serem incluídas na ordem de trabalhos a discussão e a votação da proposta da Deputação de Gipuzkoa, que defendia que a Kutxa se transformasse numa fundação ordinária, não bancária, por forma a manter a caixa sob controlo social e público.
A Kutxa passará a ter a designação oficial de Fundación Bancaria Kutxa-Kutxa Banku Fundazioa, informou a entidade num comunicado.
Protestos
Na rua, enquanto decorria a assembleia, diversos colectivos, apoiados por EH Bildu e mais alguns partidos, fizeram sentir o seu protesto contra a transformação anunciada. Num comunicado, afirmaram que a gestão actual da Kutxabank «já é completamente anti-social» e que a sua conversão em fundação bancária só irá «agravar e perpetuar» a situação. Afirmaram ainda que se trata de «mais um passo num processo de privatização que começa por anular o controlo público e social da entidade e que tem sequência na venda de acções a investidores privados».
Artefactos
Na madrugada anterior à assembleia, duas sucursais da Kutxabank foram atacadas com artefactos de fabrico caseiro. Em Igorre (Bizkaia), registou-se uma explosão, que provocou estragos; em Gasteiz, não chegou a explodir. O Governo de Lakua disse à comunicação social estar a investigar as causas de ambas as ocorrências, mas considerou provável que estejam relacionadas com a assembleia de transformação da Kutxa - contra o interesse público. / Ver: naiz.info, naiz.info e Berria