Os sindicatos que representam os trabalhadores do serviço público de saúde da Comunidade Autónoma Basca decidiram, hoje, agendar cinco jornadas de greve para Novembro e Dezembro. Protestam contra a política de cortes e de desinvestimento no sector e denunciam a atitude manifestada pela administração na mesa negocial.
A primeira jornada de luta foi convocada para 6 de Novembro, com paralisações de quatro horas por turno nos três territórios da CAB. Seguir-se-ão greves de 24 horas em cada um dos herrialdes: nos dias 13 (Araba), 20 (Gipuzkoa) e 27 (Bizkaia). A última greve hoje convocada, também de 24 horas, terá lugar no dia 4 de Dezembro e abrange todos os territórios da CAB.
Elena de la Maza, do Satse, referiu hoje, em Bilbo, que os sindicatos não têm outra alternativa senão partir para a luta, confrontados que são com a falta de negociação séria da parte da administração do Osakidetza. Para os sindicatos, é necessário combater a precariedade e a degradação das condições de trabalho no sector e apostar na criação de emprego público de qualidade. Em seu entender, a proposta avançada pelo Conselheiro da Saúde, Jon Darpón, no sentido de contratar mais 300 funcionários é francamente insuficiente face às carências dos serviços e tendo em conta a política de destruição de emprego levada a cabo nos últimos anos.
Recorde-se que a situação de conflito neste sector já não é nova, com os trabalhadores a acusarem a administração de falta de seriedade na mesa de negociação. Depois de uma grande manifestação em Junho – na qual prometeram um «Outono quente» caso o Osakidetza mantivesse a mesma política –, no passado dia 4 os trabalhadores, em conjunto com associações de utentes, de pensionistas e de moradores, realizaram marchas em Donostia, Gasteiz e Bilbo em defesa de «um serviço público de saúde de qualidade». / Ver: Berria