Na sexta-feira, centenas de trabalhadores do aeroporto de Loiu (Bilbo) protestaram contra a precariedade e a destruição de emprego; no sábado, trabalhadores do Osakidetza (SNS da CAB) realizaram marchas «em defesa da saúde pública» e denunciaram a estratégia de «fragilização do público para favorecer o privado»; hoje, a adesão dos trabalhadores da Bizkaibus à primeira das várias greves de 24 horas convocadas para Outubro foi total, referem os sindicatos.
Na Bizkaibus, os trabalhadores estão em luta pelos postos de trabalho e contra o não cumprimento, pela Deputação Foral, do acordo firmado há um ano. Fontes sindicais referiram que só funcionaram os serviços mínimos e que, entre os trabalhadores que podiam fazer greve, a adesão era de 100%. As mesmas fontes afirmaram estar à espera de uma resposta da deputação ao caderno reivindicativo enviado na quinta-feira passada, depois de, no dia anterior, se terem reunido com representantes da instituição foral. Se a deputação não cumprir os acordos subscritos, o pessoal da empresa de transportes de passageiros está disposto «a ir até onde for preciso», disseram. Para já, estão convocadas greves de 24 horas para os dias 9, 13, 15, 17, 20, 21, 23 e 24. Se o conflito persistir, a partir de dia 27 há greve por tempo indeterminado.
Ainda no sector dos transportes, na sexta-feira, 3, várias centenas de trabalhadores do aeroporto de Loiu (Bilbo) participaram numa concentração de protesto contra a política de constantes ajustes levada a cabo pela administração. Pese embora, ter obtido lucros de 5,5 milhões de euros em 2013, a destruição de emprego e a precariedade continuam a imperar nesta infra-estrutura, denuncia o LAB. A acção de luta foi convocada pelas comissões de trabalhadores das várias empresas que operam no aeroporto e pelos sindicatos ali representados, que denunciaram o favorecimento dos interesses privados em detrimento dos públicos, responsabilizaram a administração pelo clima de conflituosidade que actualmente se vive no aeroporto e reclamaram a abertura de um processo negocial relativo ao modelo de gestão aeroportuária – para determinar os serviços a prestar e que pessoal é necessário à sua prestação, de uma forma segura e com qualidade.
No sábado, 4, trabalhadores do sistema de saúde público (Osakidetza) da Comunidade Autónoma Basca realizaram marchas de protesto nas três capitais – Bilbo, Donostia e Gasteiz – contra a deterioração das condições de trabalho e «em defesa da saúde pública». As marchas, que foram convocadas por todos os sindicatos com representação no sector e reuniram centenas de pessoas, incluindo representantes de associações de moradores, pensionistas e utentes, partiram às 10h30 dos hospitais de Gurutzeta/Cruces, em Barakaldo (Bizkaia), Txagorritxu, em Gasteiz (Araba), e Donostia, em Donostia (Gipuzkoa).
Delegados sindicais presentes nestas acções unitárias sublinharam o facto de a qualidade do serviço prestado ter sofrido com a falta de investimento, a destruição de 3000 postos de trabalho desde 2010, o aumento da jornada laboral e a consequente sobrecarga com que os profissionais são forçados a desempenhar as suas funções.
Assim, em defesa dos postos de trabalho, dos seus direitos e dos dos utentes, exigiram à tutela a abertura de um processo negocial, a contratação imediata de mais profissionais e o fim da estratégia do Governo de Lakua que consiste em «passar uma má imagem dos serviços públicos e dos seus funcionários para com isso beneficiar os
privados». Para os sindicatos, o êxito destas mobilizações em defesa de
um sistema de saúde público, de qualidade e euskaldun foi uma excelente
resposta à prepotência do lehendakari Urkullu. / Ver: europa press, LAB e LAB
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Forte luta pelos direitos no Osakidetza, na Bizkaibus e no aeroporto de Loiu
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