sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Amanhã, marchas em defesa da saúde pública em Araba, Bizkaia e Gipuzkoa

Os sindicatos com representação no sector da saúde pública na Comunidade Autónoma Basca realizam amanhã, dia 4, um conjunto de marchas em defesa da prestação de um serviço público de qualidade no sector e em protesto contra a política de sucessivos cortes na despesa pública por parte do Governo de Lakua, que põe em causa a prestação desse serviço.

Os sindicatos, que defendem um sistema de saúde público forte e de qualidade, manifestam ainda especial preocupação quanto à «destruição de 3000 postos de trabalho no Osakidetza». Uma destruição de emprego com consequências graves a vários níveis, incluindo o aumento da carga horária para os funcionários que ficaram e a deterioração do serviço prestado. Perante tal ataque aos direitos dos trabalhadores e dos utentes, consideram que avançar com uma proposta de «consolidação de 60 postos de trabalho» é uma «autêntica provocação».

Os trabalhadores do Osakidetza estão em luta desde Junho, tendo realizado manifestações, concentrações e enclausuramentos. Amanhã, com as marchas em defesa da saúde pública, pretendem dar sequência ao «estado de mobilização».

As marchas começam todas às 10h30: em Araba, parte do Hospital Txagorritxu (Gasteiz) com destino à Elizaola plaza; na Bizkaia, parte do Hospital de Gurutzeta/Cruces (Barakaldo) com destino ao Arenal bilbaíno; em Gipuzkoa, parte do Hospital Donostia com destino à Pio XII plaza. / Ver: Herrikolore e LAB Sindikatua

CONCENTRAÇÃO DO LAB NO HOSPITAL DE NAVARRA
Dezenas de trabalhadores participaram hoje, 3, na concentração convocada pelo sindicato LAB por ocasião da visita de Yolanda Barcina, presidente do Governo navarro, e de Marta Vera, conselheira da Saúde, ao Complexo Hospitalar de Navarra (CHN), onde foram inaugurar as novas «urgências centralizadas». O LAB põe em causa a viabilidade deste projecto, que considera precipitado e orientado mais por razões políticas que técnico-assistenciais. Para além disso, gerou uma situação de conflito com os trabalhadores.

No decorrer da concentração, os trabalhadores fizeram ouvir palavras de ordem contra a privatização do sector da saúde, pediram a demissão da responsável da tutela, Marta Vera, e denunciaram a corrupção política. Manifestaram, assim, o seu protesto contra a política neoliberal levada a cabo pelo Governo da UPN no sector da saúde.

Algumas pessoas que participavam no protesto comentaram que, à chegada das duas representantes políticas, o gerente do CHN, Víctor Peralta, respondeu às palavras de ordem dos trabalhadores dizendo: «Todos para o desemprego, todos para o desemprego». / Ver: ahotsa.info