Terminava hoje o prazo de dez dias que a Audiência Provincial da Bizkaia deu a Urtzi (Urtzi Martínez) e a Telle (Jon Telletxea) para se entregarem voluntariamente. Numa conferência de imprensa que teve lugar, hoje de manhã, nos Jardins de Albia, em Bilbo, elementos da plataforma Grebalariak Aske! deixaram claro que «eles não se entregaram, nem se vão entregar». Centenas de pessoas estiveram no local para expressar o seu apoio aos dois jovens grevistas bilbaínos.
Maitane Muñoz, em representação da Grebalariak Aske, recordou a injustiça subjacente a este longo processo e o carácter excessivo da sentença: dois anos e meio de prisão por fazer umas pintadas na greve geral de 29 de Março de 2012.
Afirmou também que o «julgamento foi uma farsa», no qual ficou evidente que o processo consistiu «numa montagem policial, baseado em provas manipuladas pelos ertzainas e em depoimentos sem sentido».
Caminho da desobediência
Como os dois jovens optaram pela «via da desobediência», a plataforma decidiu organizar um askegune [espaço livre] no dia 11, na Done Petri plaza, no bairro de Deustu, «para lhes transmitir solidariedade e continuar a reivindicar a luta por outro modelo socioeconómico».
O encontro terá início às 10h00 e terminará com uma concentração às 14h00 (fez-se um apelo à participação massiva), havendo de permeio várias actividades programadas. O movimento feminista, agentes económicos, organizações políticas, o movimento juvenil e sindicatos já deram o seu apoio a este askegune de cinco horas.
Carta de Urtzi e Telle
Os dois jovens não estiveram presentes na concentração de hoje, mas, na ocasião, foi lida uma carta em que ambos aludem ao modo como este longo processo condicionou as suas vidas e as dos seus seres queridos. Denunciam também a repressão exercida sobre quem luta por outro modelo socioeconómico e pela construção de uma «Euskal Herria livre, socialista e feminista».
Urtzi ta Telle aske! [Erre Harria]
Apelo à participação no Askegune (eus/cas) / Ver: uriola.info
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Os grevistas não se entregaram e dia 11 há «askegune» em Deustu
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