Mais uma vez, a cripta em que se encontra a tumba de Mola, na capital navarra, foi palco de uma missa em memória de um dos máximos representantes do golpe de Estado que teria sequência nos 40 anos da ditadura franquista - e no que se seguiu a esta. A Coordinadora Navarra de Pueblos por la Memoria e o Autobús de la Memoria denunciam o facto de, «passados 80 anos, continuarem as missas de exaltação franquista» e referem que a «responsabilidade directa é do Arcebispado de Pamplona».
Na sexta-feira, veio a público que uma missa foi celebrada na cripta onde está a tumba de Mola, organizada pela Hermandad de los Caballeros Voluntarios de la Cruz, que foi fundada, dizem, pela «elite da extrema-direita navarra»; o recinto é administrado pelo Arcebispado de Iruñea.
O porta-voz da instituição eclesiástica disse não estar a par de tal celebração e que a missa seria «um acto privado». Mas é o Arcebispado que tem o usufruto da cripta onde se encontra a tumba do general fascista Emilio Mola.
Associações ligadas à Memória Histórica denunciam estas celebrações, que consideram «uma obscena exaltação do franquismo e do terror da repressão» dos fascistas, «incumprindo uma série de leis». Acrescentam que se trata de «uma ofensa para as mais de 3400 pessoas assassinadas a sangue frio em Nafarroa e seus familiares».
Também pedem à Câmara Municipal de Iruñea que «torne real» a vontade manifestada de retirar da cripta referida os corpos dos fascistas Mola e Sanjurjo. O autarca, Joseba Asiron, disse em diversas ocasiões que a sua intenção é acabar com este mausoléu do horror, e que já se pôs em contacto com as famílias para que venham buscar as ossadas. / Ver: ahotsa.info
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Associações denunciam as missas de exaltação franquista em Iruñea
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