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Na sexta-feira, veio a público que uma missa foi celebrada na cripta onde está a tumba de Mola, organizada pela Hermandad de los Caballeros Voluntarios de la Cruz, que foi fundada, dizem, pela «elite da extrema-direita navarra»; o recinto é administrado pelo Arcebispado de Iruñea.
O porta-voz da instituição eclesiástica disse não estar a par de tal celebração e que a missa seria «um acto privado». Mas é o Arcebispado que tem o usufruto da cripta onde se encontra a tumba do general fascista Emilio Mola.
Associações ligadas à Memória Histórica denunciam estas celebrações, que consideram «uma obscena exaltação do franquismo e do terror da repressão» dos fascistas, «incumprindo uma série de leis». Acrescentam que se trata de «uma ofensa para as mais de 3400 pessoas assassinadas a sangue frio em Nafarroa e seus familiares».
Também pedem à Câmara Municipal de Iruñea que «torne real» a vontade manifestada de retirar da cripta referida os corpos dos fascistas Mola e Sanjurjo. O autarca, Joseba Asiron, disse em diversas ocasiões que a sua intenção é acabar com este mausoléu do horror, e que já se pôs em contacto com as famílias para que venham buscar as ossadas. / Ver: ahotsa.info