Numa concentração que ontem teve lugar frente ao Tribunal de Donostia, os familiares dos emboscados em Pasaia (Gipuzkoa) disseram sentir-se «doridos e completamente excluídos». Para além de denunciarem o arquivamento do caso, anunciaram a intenção de levar o caso para o Tribunal Constitucional (TC) espanhol.
Os familiares crêem não existir vontade de esclarecer o caso, mas, mesmo assim, anunciaram que vão percorrer todas as instâncias judiciais. Se não obtiverem resultados positivos no TC, irão avançar para Estrasburgo.
Arantxa Isart, irmã de Pedro Mari Isart (um dos mortos pela Polícia na emboscada), disse ainda que em Janeiro deste ano solicitaram uma reunião do Governo de Gasteiz, mas que esta ainda não tem dia marcado.
Para além dos familiares, esteve presente na concentração, entre outros, o presidente da Câmara de Azpeitia (Gipuzkoa), Eneko Etxeberria. Este município está envolvido no caso desde 2001, como acusação particular. Etxeberria defendeu o direito a saber-se a verdade sobre o que se passou na Baía de Pasaia.
Emboscada na baía
No dia 22 de Março de 1984, a Polícia espanhola matou, numa emboscada na Baía de Pasaia, quatro militantes dos Comandos Autónomos Anticapitalistas. Trata-se de Rafael Delas, Txapas (Iruñea, 1957), José Maria Izura, Pelu (Iruñea, 1958), Pedro Mari Isart, Pelitxo (Azpeitia, 1961) e Dioni Aizpuru, Kurro (Azpeitia, 1963). Os seus corpos apareceram crivados de balas: 113, mais precisamente. / Ver: Oarsoaldea hitza