De 14 a 16 de Março último, os estudantes das faculdades bilbaínas da Universidade do País Basco (UPB) envolveram-se plenamente nos programas das «Herri Unibertsitateak», com os quais quiseram defender uma universidade «do povo» e «ao serviço do povo». O conselho directivo (CD) da Faculdade de Engenharia, em San Mamés, não aprovou e chamou a Ertzaintza. Os 41 estudantes então identificados e expulsos estão agora a receber pesadas multas.
De acordo com o buiaka.info - portal do movimento estudantil de Bilbo -, os estudantes estão receber multas do Departamento de Segurança do Governo de Gasteiz, processadas ao abrigo da Lei da Mordaça: para cada qual 701 euros (601 por desobediência à autoridade, mais 100 euros por ocupação do espaço público).
Até ao momento, 29 estudantes receberam notificações para pagar as multas, esperando-se que os restantes 12 também venham a receber a má notícia.
O Buiaka informa que, pese embora as autoridades terem aproveitado o Verão para enviar «os castigos», os estudantes já se começaram a organizar para responderem a preceito a este agravo.
Universidades populares
A iniciativa das «universidades populares» foi posta de pé - nos núcleos de San Mamés, Sarriko e Leioa - na sequência do trabalho realizado pelos estudantes ao longo de vários meses e precedeu a greve e a jornada de luta convocadas pelo Ikasle Abertzaleak contra as reformas no Ensino (como a LOMCE, a EU2015, a 3+2).
O CD da Faculdade de Engenharia opôs-se, sem apresentar qualquer argumentação. Os estudantes tentaram explicar-lhes que o reitor da UPB não via a iniciativa com maus olhos, mas o CD não esteve para conversas e chamou a Polícia, que retirou do local os cerca de 40 estudantes que reivindicavam uma «Educação do povo e para o povo». / Ver: buiaka.info e aseh