A Audiência Provincial de Gipuzkoa rejeitou o pedido dos familiares dos emboscados e da Câmara Municipal de Azpeitia (Gipuzkoa). Na quarta-feira, realiza-se uma concentração em Donostia.
A 3 de Fevereiro último, os familiares dos caídos na emboscada de Pasaia souberam que um tribunal donostiarra tinha arquivado o caso e recorreram da decisão, juntamente com o município de Azpeitia, de onde eram naturais dois dos combatentes abatidos pela Polícia.
Precisamente em Azpeitia, cerca de um mês depois de conhecida a decisão, a 4 de Março, dezenas de pessoas participaram numa concentração para solicitar o esclarecimento e o não arquivamento do caso. E tanto familiares como a Câmara de Azpeitia, que aprovou por unanimidade uma moção apresentada pelas famílias, interpuseram um recurso contra a decisão judicial.
Agora, soube-se que o tribunal rejeitou o recurso. Para quarta-feira, às 11h30, foi agendada uma concentração frente à Audiência donostiarra, para voltar a exigir o não arquivamento do caso.
Emboscada de Pasaia
A 22 de Março de 1984, a Polícia espanhola matou, numa emboscada na Baía de Pasaia (Gipuzkoa), quatro militantes dos Comandos Autónomos Anticapitalistas. Trata-se de Rafael Delas, Txapas (Iruñea, 1957), José Maria Izura, Pelu (Iruñea, 1958), Pedro Mari Isart, Pelitxo (Azpeitia, 1961) e Dioni Aizpuru, Kurro (Azpeitia, 1963). Os seus corpos apareceram crivados de balas: 113, mais precisamente.
Yuri Agirre e Xabier Otamendi, das Oinatzak Produkzioak, estão a preparar um documentário sobre o caso, que poderá, porventura, iluminar as obtusas mentes dos magistrados que amparam a impunidade da chamada «transição». / Ver: Berria e aseh