terça-feira, 26 de julho de 2016

Um tribunal de Donostia proibiu um almoço a favor dos presos em Mutriku

A decisão foi tomada a pedido do Carlos Urkijo (PP). O delegado do Governo espanhol na Comunidade Autónoma Basca (CAB) também solicitou a proibição de duas iniciativas nas festas de Oiartzun (Gipuzkoa).
Não se ouvia falar do senhor há tempos, andando porventura enfiado numa caixa com os do seu partido, nestas alturas em que muito se falou dos 80 anos do golpe do bando fascista, da guerra, dos anos de ditadura que se seguiram e do que chegou até aos dias de hoje - Urkijo dá um belo exemplo disto.

Agora, o representante dos herdeiros do bando ressuscitou para o que resta da época de Verão e, depois de ver proibido um almoço a favor dos presos nas festas de Mutriku (Gipuzkoa), o representante do Governo espanhol na Bizkaia, em Gipuzkoa e Araba veio comunicar que apresentou mais dois recursos: contra o brinde a 2 de Agosto e o almoço a 4 de Agosto nas festas de Oiartzun.

Qual coelho que saltasse da cartola para a glória, Urkijo veio pedir aos autarcas que estas festas «não sejam usadas para enaltecer os terroristas e humilhar as vítimas» [referir-se-á às dos GAL, às do tio Pepe-que-rico-anda-en-Venezuela, às desaparecidas com a ajuda da França, às torturadas pela GZ e pelos demais, às dos Garzons e Grande-Marlaskas?].

Não contente com esta intervenção, Urkijo colocou ao mesmo nível os presos políticos bascos e os membros do EI - mas isto havia de acontecer mais tarde ou mais cedo na cabeça do senhor, que é facho, limitado, e tem dificuldades a lidar com o nível de histeria mass merdosa que anda por aí; na imprensa da CAB também.

E ainda fez menção às vítimas de Paris, Nice e Bruxelas - nas notícias, não há registos de que tenha aludido a iraquianos, afegãos, curdos, líbios, aos bombardeados pelo Ocidente in the name of, ou às centenas de sírios que a aviação francesa matou nos últimos dias em território nacional da Síria. / Ver: Berria [Jaiak bai, borroka ere bai! Festas sim, luta também!]