[De Davide Angelilli] Os napolitanos estão a viver uma experiência de controlo popular sobre os órgãos de administração local da sua cidade. Do trabalho destas Brigadas de Controlo Popular já resultou a eleição, em 19 de Junho passado, de Luigi De Magistris.
«A ideia nasceu de uma dupla necessidade. A primeira, e talvez a mais óbvia para quem vê de fora, foi a necessidade de controlar o processo eleitoral para evitar e denunciar fraudes. Especialmente no Sul de Itália, e sobretudo para a eleição das administrações locais, há mecanismos sujos, compra-e-venda de votos, clientelismo… A nossa função foi a de impedir tudo isso e, parcialmente, conseguimo-lo. A segunda ideia foi construir um papel de protagonista para o povo. O processo eleitoral é o que, entre todas as actividades políticas, mais fomenta a delegação do poder. Isto é, de quatro em quatro anos, preenches um papelote e tudo acaba aí. Nós pensamos de forma diferente. Pensamos que o povo tem de ser protagonista da política». (odiario.info)
«As nove vidas de Erdogan e o golpe de Gulen», de M. K. BHADRAKUMAR (Diário Liberdade)
«Agora, a tentativa de golpe na Turquia ocorre na sequência da reaproximação turco-russa e de sinais nascentes de uma mudança nas políticas intervencionistas de Erdogan na Síria. Naturalmente, a Turquia é um “estado chave” nas estratégias regionais dos EUA e a reaproximação turco-russa chega no momento mais inoportuno para Washington».
Por outro lado, «Gulen obteve a permissão de residência nos EUA («green card»), aparentemente por recomendação de altos responsáveis da CIA. Desde então tem vivido isolado na Pensilvânia e nunca saiu dos EUA em visita ao exterior».