«Rubalcaba e Ares voltam a apresentar como decisiva uma operação anti-ETA»
Os dirigentes policiais espanhóis ficam sem palavras para exaltar a importância das suas operações. A detenção de Mikel Karrera, Arkaitz Agirregabiria e Maite Aranalde - além de Eñaut Aramendi e Laetitia Chevalier - foi considerada ontem pelo ministro Rubalcaba como «importantíssima, mais que a de 'Txeroki'», e pelo conselheiro Ares como «um passo mais na recta final da ETA». Os três primeiros estariam a efectuar uma reunião no andar de Baiona.
Para a esquerda abertzale, é inútil
Do lado do sector independentista, destacou-se a inutilidade deste tipo de detenções, dado que não solucionam o conflito político de fundo. Numa nota, a esquerda abertzale lembrou que a aposta no processo democrático reflectida em «Zutik Euskal Herria!» agitou o panorama político, «mas ainda há quem não esteja disposto a responder positivamente às oportunidades criadas», em concreto os estados espanhol e francês. «Tomando a repressão como bandeira, vendem o discurso de que o conflito se pode resolver por vias meramente policiais, um discurso em que nem eles acreditam», acrescentam.
Ver: Gara
-Os dirigentes policiais espanhóis ficam sem palavras para exaltar a importância das suas operações. A detenção de Mikel Karrera, Arkaitz Agirregabiria e Maite Aranalde - além de Eñaut Aramendi e Laetitia Chevalier - foi considerada ontem pelo ministro Rubalcaba como «importantíssima, mais que a de 'Txeroki'», e pelo conselheiro Ares como «um passo mais na recta final da ETA». Os três primeiros estariam a efectuar uma reunião no andar de Baiona.
Para a esquerda abertzale, é inútil
Do lado do sector independentista, destacou-se a inutilidade deste tipo de detenções, dado que não solucionam o conflito político de fundo. Numa nota, a esquerda abertzale lembrou que a aposta no processo democrático reflectida em «Zutik Euskal Herria!» agitou o panorama político, «mas ainda há quem não esteja disposto a responder positivamente às oportunidades criadas», em concreto os estados espanhol e francês. «Tomando a repressão como bandeira, vendem o discurso de que o conflito se pode resolver por vias meramente policiais, um discurso em que nem eles acreditam», acrescentam.
Ver: Gara
Ver também: «Nota do LAB face à nova operação policial»
-
Currin exorta o PSOE a aproveitar a ocasião
Em Barcelona, na quarta-feira, o mediador sul-africano Brian Currin instou o Governo espanhol a responder à iniciativa da esquerda abertzale com «passos concretos» como a sua legalização ou com a aproximação dos presos a Euskal Herria. Paul Ríos (Lokarri) denunciou as «pressões» sofridas pelos líderes e peritos signatários da Declaração de Bruxelas para que retirem o seu apoio a esta iniciativa.
Depois de passar por Donostia ou Madrid, Brian Currin esteve na quarta-feira à noite em Barcelona, onde pediu «passos concretos» ao Governo espanhol que respondam ao documento «Zutik Euskal Herria!» tornado público pela esquerda abertzale. «O Batasuna já fez o suficiente para ser legal, agora é a vez do Governo», afirmou o facilitador sul-africano durante uma conferência organizada pela Lokarri e a Fundació per la Pau.
Em sua opinião, «a legalização do Batasuna e a libertação dos seus membros, a libertação dos prisioneiros doentes e a aproximação dos restantes presos» seriam medidas que «ajudariam a criar confiança» para um eventual processo de resolução do conflito. Lembrou que na Irlanda se facultou aos prisioneiros a participação no debate político e a isso contrapôs as dificuldades que os presos bascos enfrentam devido à dispersão imposta por Madrid e Paris.
Durante a sua intervenção, Currin apelou directamente ao presidente do Executivo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, para que exerça a liderança dentro do seu partido e «convença» os membros da sua formação de que a resolução do conflito poderia ser uma jogada com vista às futuras eleições gerais, numa conjuntura em que «os argumentos económicos vão ser difíceis». Tornou isto extensível aos membros do PSOE favoráveis a uma solução dialogada, depois de que o vereador do PSN em Atarrabia José Luis Úriz, presente na conferência, constatasse que a tendência maioritária no seu partido é a aposta na «repressão».
Notícia completa: Gara
Currin exorta o PSOE a aproveitar a ocasião
Em Barcelona, na quarta-feira, o mediador sul-africano Brian Currin instou o Governo espanhol a responder à iniciativa da esquerda abertzale com «passos concretos» como a sua legalização ou com a aproximação dos presos a Euskal Herria. Paul Ríos (Lokarri) denunciou as «pressões» sofridas pelos líderes e peritos signatários da Declaração de Bruxelas para que retirem o seu apoio a esta iniciativa.
Depois de passar por Donostia ou Madrid, Brian Currin esteve na quarta-feira à noite em Barcelona, onde pediu «passos concretos» ao Governo espanhol que respondam ao documento «Zutik Euskal Herria!» tornado público pela esquerda abertzale. «O Batasuna já fez o suficiente para ser legal, agora é a vez do Governo», afirmou o facilitador sul-africano durante uma conferência organizada pela Lokarri e a Fundació per la Pau.
Em sua opinião, «a legalização do Batasuna e a libertação dos seus membros, a libertação dos prisioneiros doentes e a aproximação dos restantes presos» seriam medidas que «ajudariam a criar confiança» para um eventual processo de resolução do conflito. Lembrou que na Irlanda se facultou aos prisioneiros a participação no debate político e a isso contrapôs as dificuldades que os presos bascos enfrentam devido à dispersão imposta por Madrid e Paris.
Durante a sua intervenção, Currin apelou directamente ao presidente do Executivo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, para que exerça a liderança dentro do seu partido e «convença» os membros da sua formação de que a resolução do conflito poderia ser uma jogada com vista às futuras eleições gerais, numa conjuntura em que «os argumentos económicos vão ser difíceis». Tornou isto extensível aos membros do PSOE favoráveis a uma solução dialogada, depois de que o vereador do PSN em Atarrabia José Luis Úriz, presente na conferência, constatasse que a tendência maioritária no seu partido é a aposta na «repressão».
Notícia completa: Gara