sábado, 15 de maio de 2010

Os presos bascos que lutam em Jaén contra as inspecções físicas, punidos com mais dispersão


Desde que, na segunda-feira, os presos bascos encarcerados em Jaén empreenderam uma greve de fome por tempo indefinido, em protesto contra as tentativas de inspecção física humilhante a que os seus familiares e amigos são submetidos, já foram quatro os presos transferidos pela direcção da prisão. Trata-se de Haritz Arginzoniz, Kepa Arronategi, Roberto Lebrero e Ibai Aginaga, mas só se conhece o destino deste último, Algeciras, a 1060 km de Berango (Bizkaia), ficando assim ainda mais longe dos seus.
Apesar de tudo, Joseba Arregi, Aitor García, Asier García, José Angel Lerin, Pedro María Olano, José María Sagardui, «Gatza», Mattin Sarasola, Josu Ziganda, Joxepa Ernaga e Ana Lizarralde, ainda na prisão de Jaén, prosseguem a greve de fome.
As transferências e o recurso à dispersão são uma prática habitual para travar as dinâmicas de luta do Colectivo de Presos Políticos Bascos, na medida em que castigam de maneira individual o preso, afastando-o ainda mais dos seus próximos e rompendo a união do grupo de prisioneiros bascos em cada prisão.

Outro advogado na presença de Marlaska
O advogado Unai Errea teve de se apresentar na quinta-feira ao juiz da Audiência Nacional espanhola Fernando Grande-Marlaska, no âmbito da operação que a Guarda Civil levou a cabo contra advogados, ex-presos e familiares em Abril. De acordo com a informação veiculada pelo movimento anti-repressivo, teve de pagar uma fiança de 10 000 euros e fica obrigado a deslocar-se a tribunal duas vezes por mês.
Jon Enparantza, Iker Sarriegi e Saioa Agirre, presos naquela operação, encontram-se «totalmente isolados» nas secções de isolamento das prisões de Aranjuez, Navalcarnero e Estremera, respectivamente. Enparantza nem sequer pode ligar aos seus familiares. Arantza Zulueta é a única basca na prisão de Cáceres.

Este movimento manifestou também a sua preocupação face à notificação recebida por dois empregados de bares da Alde Zaharra de Bilbau para comparecer na Audiência Nacional na segunda-feira. Ambos são acusados de mostrar nos seus estabelecimentos fotos de presos políticos. Para denunciar esta notificação, estão a receber apoios pelo endereço: nocadenaperpetua@gmail.com.

Em defesa dos presos 60 pessoas concentraram-se em Eibar; em Burlata 29, em duas concentrações; em Iruñea, 30 juntaram-se em Arrosadia; 45 em Donibane e 56 na Txantrea.
Fonte: Gara

Lain Blanko saiu em liberdade, sob fiança
O donostiarra Lain Blanko foi posto em liberdade ontem, depois de ter sido presente ao juiz da Audiência nacional espanhola Fernando Grande-Marlaska na condição de incomunicável. De acordo com o Movimento pró-Amnistia, teve de pagar uma fiança de 10 000 euros. Foram-lhe ainda aplicadas medidas restritivas à sua liberdade: tem de se apresentar todas as semanas às autoridades para assinar e não pode sair do Estado espanhol.
Lain Blanko foi detido pela Guarda Civil com a ajuda da Ertzaintza em Ituren (Nafarroa) na terça-feira passada, tendo permanecido desde então em situação de incomunicação. Foi acusado de envolvimento numa acção de kale borroka ocorrida em Donostia em Setembro de 2008.
Para denunciar a detenção e a situação de incomunicação, houve uma manifestação no bairro donostiarra de Añorga Txiki.
Fonte: Berria