O jovem de Aulesti Mikeldi Zenigaonaindia denunciou ontem publicamente que, num espaço de cinco meses, foi sequestrado em duas ocasiões por agentes da Guarda Civil, que ameaçaram matá-lo como Txiki e Otaegi. Hoje, irá apresentar queixa.
Mikel Zenigaonaindia, que surgiu acompanhado pelo autarca da localidade biscainha, Jon Bollar, bem como por familiares e amigos, foi detido há cinco anos pela Guarda Civil durante uma operação efectuada na comarca de Lea-Artibai, e posto em liberdade um ano mais tarde. Desde então, segundo denunciou, foi alvo de uma perseguição implacável, o que o levou a denunciar os factos de forma pública e nos tribunais.
De acordo com o seu relato, nos últimos cinco meses foi sequestrado duas vezes, e em ambas foi seriamente ameaçado de morte. O primeiro episódio deu-se quando seguia na sua viatura para Aulesti, tendo sido abordado por oito homens que se identificaram como polícias e que o obrigaram a fazer um desvio por uma estrada rural. Durante meia hora, avisaram-no que tinham em seu poder provas que o ligavam a acções de kale borroka e exigiram-lhe que colaborasse com eles - «se não queria passar o resto da minha vida na prisão».
«Disseram-me que, se não me conseguissem apanhar assim, me davam um tiro e que havia de aparecer numa valeta», afirmou.
Na segunda vez, foi retido durante duas horas num bosque, onde, em jeito de ameaça, lhe perguntaram se não sabia o que tinha acontecido a Jon Anza, enquanto lhe voltavam a exigir que colaborasse com eles porque, se assim não fosse, «veria o caso mal parado».
Neste segundo episódio, Mikeldi afirma que o obrigaram a pôr-se de joelhos e a erguer o punho esquerdo, e que gritasse «'Gora Euskal Herria Askatuta', porque ia a morrer como Txiki e Otaegi».
A Câmara de Aulesti aprovou uma moção de apoio a Zenigaonaindia na qual se exige o esclarecimento destes factos e se pede ao Ararteko [Defensor do Povo] e ao Departamento do Interior que tomem todas as medidas para que não se voltem a dar.
O caso de Mikeldi Zenigaonaindia vem juntar-se a episódios similares ocorridos em tempos recentes e nos quais foram afectados cidadãos como Juan Mari Mujika, Lander Fernández ou Saioa Agirre, entre outros.
Fonte: Gara
Mikel Zenigaonaindia, que surgiu acompanhado pelo autarca da localidade biscainha, Jon Bollar, bem como por familiares e amigos, foi detido há cinco anos pela Guarda Civil durante uma operação efectuada na comarca de Lea-Artibai, e posto em liberdade um ano mais tarde. Desde então, segundo denunciou, foi alvo de uma perseguição implacável, o que o levou a denunciar os factos de forma pública e nos tribunais.
De acordo com o seu relato, nos últimos cinco meses foi sequestrado duas vezes, e em ambas foi seriamente ameaçado de morte. O primeiro episódio deu-se quando seguia na sua viatura para Aulesti, tendo sido abordado por oito homens que se identificaram como polícias e que o obrigaram a fazer um desvio por uma estrada rural. Durante meia hora, avisaram-no que tinham em seu poder provas que o ligavam a acções de kale borroka e exigiram-lhe que colaborasse com eles - «se não queria passar o resto da minha vida na prisão».
«Disseram-me que, se não me conseguissem apanhar assim, me davam um tiro e que havia de aparecer numa valeta», afirmou.
Na segunda vez, foi retido durante duas horas num bosque, onde, em jeito de ameaça, lhe perguntaram se não sabia o que tinha acontecido a Jon Anza, enquanto lhe voltavam a exigir que colaborasse com eles porque, se assim não fosse, «veria o caso mal parado».
Neste segundo episódio, Mikeldi afirma que o obrigaram a pôr-se de joelhos e a erguer o punho esquerdo, e que gritasse «'Gora Euskal Herria Askatuta', porque ia a morrer como Txiki e Otaegi».
A Câmara de Aulesti aprovou uma moção de apoio a Zenigaonaindia na qual se exige o esclarecimento destes factos e se pede ao Ararteko [Defensor do Povo] e ao Departamento do Interior que tomem todas as medidas para que não se voltem a dar.
O caso de Mikeldi Zenigaonaindia vem juntar-se a episódios similares ocorridos em tempos recentes e nos quais foram afectados cidadãos como Juan Mari Mujika, Lander Fernández ou Saioa Agirre, entre outros.
Fonte: Gara