terça-feira, 1 de março de 2011

Erkizia será julgado na sexta-feira AN por «enaltecimento»


Gara * E.H.
O veterano militante da esquerda abertzale Tasio Erkizia será julgado está sexta-feira na Audiência Nacional espanhola por ter participado, em 2008, numa homenagem a José Miguel Beñarán, Argala, em Arrigorriaga (Bizkaia). É acusado de ter lançado goras ao militante da ETA, que faleceu numa acção de guerra suja. Por isto, o magistrado Carlos Bautista pede uma pena de 18 meses de prisão e oito anos de inabilitação para Tasio Erkizia, que surge como arguido pelo crime de «enaltecimento do terrorismo».
Este processo teve início numa queixa apresentada pela associação de extrema-direita Dignidad y Justicia, que pedirá dois anos de prisão e doze de inabilitação absoluta para o arguido.
Fonte: SareAntifaxista

Obrigam a retirar o nome de Txiki e Otaegi a uma praça de Zornotza
Um tribunal de Bilbau declarou nula a decisão tomada em 1979 pela Câmara Municipal de Zornotza (Bizkaia) de atribuir a uma praça do município o nome de Txiki e Otaegi. A sentença, que ontem foi tornada pública, estipula que o Município, governado pelo PNV, tem a «obrigação» de retirar o nome e eliminar «qualquer referência à dita denominação». A magistrada argumenta que, ao não mudar o nome, a Câmara «violou o direito fundamental das pessoas à honra e à dignidade, especialmente o das vítimas do terrorismo e seus familiares».
O auto considera que a Câmara dedicou uma praça de «reconhecimento e homenagem» a Txiki e Otaegi porque estes foram membros da ETA, «por mais que tente o justificar com o facto de terem sido fuzilados e não por terem pertencido ao grupo terrorista», precisa.
O autarca de Zornotza, David Latxaga, depois de ter tido conhecimento da queixa interposta pela Dignidad y Justicia, afirmou que iriam recorrer «às mais altas instâncias judiciais» e que esgotariam «todas as vias jurídicas» para defender a praça em memória dos dois fuzilados.
David Latxaga disse que a Câmara atribui o nome a esta praça «em homenagem a pessoas que, ligadas ou não à ETA, foram os últimos fuzilados durante o franquismo».
Fonte: Gara