quinta-feira, 3 de março de 2011

O sindicato LAB advoga uma alternativa institucional abertzale e de esquerda

O sindicato LAB reuniu os seus delegados em Assembleia Nacional no frontão Atano III, em Donostia.
A sua secretária-geral, Ainhoa Etxaide, interveio perante os delegados e defendeu a definição de uma alternativa institucional de esquerda e abertzale, que vele pelos direitos dos trabalhadores face à hegemonia de PNV, PP, PSE e UPN.
Defendeu também um cenário em que todos os direitos sejam respeitados: «a legalização, a reforma da política penitenciária, o fim da tortura ou o respeito pelos direitos civis e políticos». Em seu entender, esse «caminho não tem marcha atrás».

A secretária-geral do LAB sublinhou que a soberania «é o investimento de que necessitamos» em Euskal Herria. Depois de recordar as «profundas decisões» tomadas pela esquerda abertzale nos últimos meses, defendeu o processo democrático, insistiu que «é necessário e possível alcançar maiorias» e salientou que o LAB «irá trabalhar nessa via».

Etxaide afirmou que a via escolhida pelo Governo espanhol «não trará recuperação económica». Criticou o facto de UGT e CCOO terem apostado no «sindicalismo de acompanhamento», salientando que a pretensão dessas centrais é a de «retirar capacidade ao sindicalismo basco».
Por isso, deixou claro que o LAB e o sindicalismo basco no seu todo «vão responder neutralizando esta aposta».

Presos e jovens
Na Assembleia Nacional de delegados, que começou com a notícia da morte de um trabalhador em Eibar, Etxaide também abordou a situação dos presos políticos bascos. Assim, exigiu o repatriamento e anunciou que nos próximos meses o LAB irá passar essa reivindicação aos postos de trabalho.

Referiu ainda que, para se conseguir uma mudança social, é «imprescindível garantir que as novas gerações se juntem a esta luta».

Lembrou os jovens independentistas que na semana passada se mantiveram encerrados contra os mandados europeus em Izpura - sete dos quais foram já detidos - e salientou que a juventude é «um tesouro precioso que é preciso cuidar».
Fonte: Gara