quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Diversos colectivos afirmam que a falta de assistência médica pôs em risco a vida do preso Jon Bienzobas

Os colectivos Herrira, Jaiki Hadi e Etxerat tornaram público, cada qual em seu comunicado, o caso do preso Jon Bienzobas (Galdakao, Bizkaia), cuja vida esteve em risco por causa da atitude «irresponsável» dos funcionários da prisão francesa de Saint Maur.

Testemunho do irmão de Jon Bienzobas (cas)

De acordo com o que foi divulgado por estes colectivos, Bienzobas foi submetido a uma intervenção cirúrgica importante ao nariz no passado dia 12 de Novembro e tudo correu bem até dia 24, quando, a meio da noite, o preso começou a sangrar bastante do nariz. Ele mesmo alertou os funcionários, que não lhe prestaram atenção, da mesma forma que ignoraram os apelos feitos por outros presos nas horas seguintes.

A partir de certa altura, o responsável daquele sector não ligou inclusive às recomendações e aos pedidos realizados por funcionários.

Demoraram onze horas e meia a prestar-lhe cuidados médicos; nessa altura, a sua temperatura corporal já tinha descido bastante, e o preso deitava coágulos de sangue pela boca e pelo nariz, o que lhe tornava difícil a respiração.

Nos seus comunicados, as associações referidas afirmam que um problema que em princípio não tem grandes complicações se tornou um problema «de extrema gravidade» devido à «irresponsabilidade» dos funcionários de Saint Maur.

Depois de reivindicarem o direito à saúde que assiste a todos os presos, consideram «inexplicável» que a prisão não tenha um «protocolo de assistência urgente para casos como estes, que se dão à noite».

Tal como denunciou a associação de médicos de presos políticos Jaiki Hadi, «enquanto prevalecer a prioridade das medidas de segurança – como as que dizem respeito à abertura de celas à noite – sobre o direito à assistência médica imediata, vão continuar a ocorrer casos similares, se não mesmo fatais». / Fonte: naiz.info / Notícia mais desenvolvida: Gara

Autorizam as extradições de Kemen Uranga e de Manu Azkarate
No final de uma breve audiência na Corte de Magistrados de Westminster, em Londres, o juiz John Zani autorizou a extradição de Kemen Uranga, natural de Ondarroa (Bizkaia), para o Estado espanhol, tal como fora solicitado pelo Ministério Público em representação das autoridades espanholas.
A defesa fez saber que vai recorrer para o Tribunal Superior de Londres, contando para tal com um prazo de sete dias.
O magistrado decidiu ainda rejeitar a liberdade sob fiança pedida pela defesa, decretando que Uranga continue na prisão de alta segurança de Long Lartin, em Worcestershire.
Durante o processo judicial, a defesa de Uranga, preso no passado dia 8 de Agosto em Londres, questionou a «validade» do mandado europeu emitido pelas autoridades espanholas, considerando que a conduta tipificada não pode ser considerada crime na Grã-Bretanha, requisito-chave para a extradição. (naiz.info) / Foto: turrune

O Tribunal de Toulouse (Occitânia, França) rejeitou o recurso de Manu Azkarate, dando luz verde à extradição do tolosarra para o Estado espanhol. A decisão definitiva será tomada em Paris.
A notícia foi dada a Manu hoje de manhã pelo advogado, segundo divulgou o Tolosako Hitza.
O natural de Tolosa (Gipuzkoa) vai agora apresentar um recurso de apelação contra a decisão do tribunal, que será apreciado em Paris. Manu Azkarate disse que já estava à espera da decisão do tribunal de Toulouse e que aguarda por uma decisão favorável de Paris.
Recorde-se que em Maio último o Tribunal de Pau aprovou a sua extradição, mas que em Setembro o Tribunal de Paris invalidou o processo, por erros de forma. (Berria)

«O Herrira pede aos cidadãos que se manifestem amanhã em Iruñea pelo fim da dispersão» (ateakireki.com)
O movimento Herrira convocou para amanhã, sexta-feira, uma manifestação em Iruñea para pedir o fim imediato e definitivo da política de dispersão penitenciária. A marcha parte às 18h30 da Estação de Autocarros e tem como lema «La dispersión sigue matando. Euskal presoak Euskal Herrira». Nela, serão recordadas Sara Fernández e Karmele Solaguren, habitantes da Alde Zaharra de Iruñea e de Barañain, respectivamente, que perderam a vida em acidentes viação faz agora nove e oito anos.