O Eleak, movimento pelos direitos civis e políticos, juntamente com o Komite Internazionalistak, que trabalha na área da solidariedade entre os povos, e o sindicato LAB querem denunciar os factos ocorridos no passado dia 3 de Dezembro com os membros do sindicato venezuelano UNETE. Cada vez que ocorre uma violação de direitos, cria-se um novo obstáculo à fase política que tem estado a tomar corpo em Euskal Herria nos últimos tempos. O momento histórico que estamos a viver foi possível graças ao esforço de numerosos agentes políticos, sociais e sindicais, e a única coisa que o Estado espanhol pretende alcançar com a sua atitude obstrucionista é deitar por terra a confiança política que com tanto empenho se está a construir.
O Komite Internazionalistak há anos que dá a conhecer as realidades de outros povos em Euskal Herria, e, do mesmo modo, mostra lá fora a realidade de Euskal Herria. É neste contexto que é preciso situar o convite feito pelo KI ao sindicato venezuelano UNETE: por um lado, mostrar os efeitos que a crise económica está a ter em Euskal Herria, bem como explicar os pormenores do processo político que se vive em EH hoje em dia. Por outro lado, o sindicato UNETE ia dar a conhecer à opinião pública basca os últimos passos do processo bolivariano em marcha.
Roger Palacios, Alejandro Márquez e César Moreno constituíam a delegação da equipa internacional do sindicato UNETE que teria de estar em Euskal Herria entres os dias 3 e 5 de Dezembro. A agenda prevista para esses dias era variada: reuniões com diversos colectivos sociais, como Elkartzen, Ekologistak Martxan, Asamblea de Mujeres de Bizkaia ou SOS Racismo, e com representantes da maioria dos sindicatos bascos (ELA, LAB, EHNE, ESK, Stee-Eilas e CGT).
Para além disso, iam ter encontros com trabalhadores de empresas que estão actualmente em luta. Também estava previsto que dessem uma conferência pública no espaço do Komite Internazionalistak em Bilbo.
Mas Palacios, Marquez e Moreno não chegaram a Euskal Herria. Foram retidos e interrogados pela Polícia durante várias horas no aeroporto de Barajas, em Madrid. As perguntas estiveram sempre relacionadas com Euskal Herria: que tipo de contactos iam manter durante a sua estadia em EH e, em concreto, que relação tinham com o sindicato LAB. Depois de passar a noite em Madrid, os três sindicalistas foram repatriados. [Continuar a ler em Sanduzelai Leningrado]
ELEAK, Movimiento popular por los derechos civiles y políticos
Komite Internazionalistak
LAB sindikatua
Apoiam também esta denúncia os seguintes colectivos e agentes sociais: Askapena, Berri Otxoak, SOS Racismo de Bizkaia, Sindicato CGT, Elkartzen, Ekologistak Martxan, Sindicato ESK, Ikasle Abertzaleak, Sindicato STEE-EILAS, Comités de Greve dos Bairros de San Francisco, Bilbao La Vieja e Zabala, Errekalden Kaleratzerik Ez!
Três notas: a Federação Sindical Mundial (FSM) associa-se à denúncia destes factos. / Os membros do UNETE manifestaram a intenção de denunciar o caso à OIT. / Em Euskal Herria, ELEAK, Komite Internazionalistak e LAB vão dirigir-se ao Consulado venezuelano para que este denuncie junto do Estado espanhol o que se passou com os membros do sindicato UNETE.
Enquanto isto: «Fraga terá um busto no Senado espanhol com o apoio do P$E e da CiU» (SareAntifaxista)