Os representantes do sector da Educação dos organismos que compõem o Kontseilua compareceram ontem publicamente na capital biscainha juntamente com o secretário-geral, Paul Bilbao, para denunciar a proposta de Juan Ignacio Wert.
«Queremos afirmar que, apesar de a proposta realizada por Wert ter diversas vertentes, ela constitui uma ofensa directa às línguas como a nossa, entre outras coisas porque pode fazer desaparecer o sistema que garantiu a formação dos estudantes euskaldunes», disse Bilbao.
O responsável do Kontseilua chamou a atenção para a forma como isto pode afectar a normalização do euskara. «Pode dar-se um ponto de viragem no processo de normalização da nossa língua, que poria em causa os avanços realizados nos últimos anos e poria em risco o futuro da nossa língua. É bem conhecida a importância que a área da Educação teve para o processo de recuperação da nossa língua, e, se se fechar essa torneira, o número de euskaldunes que se formam nas aulas irá diminuir de forma significativa», explicou.
Bilbao disse não ter qualquer dúvida de que se trata de uma ofensiva do Estado espanhol. «Infelizmente, a nossa comunidade linguística teve de enfrentar outros ataques; ainda temos bem frescas na memória as imagens de há dez anos, quando fecharam o único periódico em euskara [Euskaldunon Egunkaria], entre muitos outros», acrescentou. / Ver: Gara
Ver também: «Pais da "zona não bascófona" pedem a alteração da Ley del Vascuence» (Gara)
Pais e mães de alunos do modelo D na «zona não bascófona» de Nafarroa expuseram esta quarta-feira no Parlamento as sua experiências; no entender da directora do Behatokia, Garbiñe Petriati, estas são marcadas pela injustiça e pela discriminação, na medida em que os seus filhos têm de se deslocar a outras localidades para estudar em euskara.
