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Para o EH Bildu, se o decreto de Wert entrar em vigor, «atira-se borda fora» a euskaldunização das novas gerações, visto que «não se garante o direito a saber a língua por via da escolarização», e o euskara ainda não é uma língua normalizada.
Afirmaram que ainda existe uma percentagem importante de estudantes que acabam a escolaridade obrigatória sem alcançar as devidas «competências em euskara e sem comunicar na sua própria língua».
«Mantém-se um sistema de modelos linguísticos cuja invalidade para educar pessoas plurilingues já ficou demonstrada», disse Ugarteburu, depois de lembrar que em Nafarroa o euskara «não é oficial em todo o território», o que gera cidadãos de primeira e de segunda.
Em seu entender, a reforma educativa é «um regresso à escola a preto e branco do florido pensil espanhol» (*), na medida em que o euskara se vai tornar «uma língua de terceira categoria», deixando de ser uma disciplina principal, como o castelhano e o inglês, e passando a ser «opcional».
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«E para isso não se importam de encaminhar dinheiro público para centros privados. Tal como fizeram com as pensões e o sistema de saúde, agora tentam debilitar o sistema público educativo», denunciaram. / Ver: naiz.info / Ver também: ehbildu.net
(*) sistema educativo do pós-guerra de 36, que se identificava com a ideologia nacional-católica do franquismo e com uma metodologia tradicional e dogmática.