Coincidindo com o depoimento, como testemunhas, de vários ertzainas que participaram na operação em que Iñigo Cabacas foi mortalmente atingido por uma bala de borracha, realizou-se uma concentração frente ao Tribunal de Bilbo, convocada por membros da iniciativa Iñigo Gogoan herri ekimena, com uma faixa em que se reclamava «Iñigo, justizia orain. Stop violencia policial».
Urtzi Ugalde e Paula Castro, membros da plataforma, leram um comunicado no qual enfatizaram o facto de, oito meses depois da morte do apoiante do Athletic, os ertzainas que participaram na operação da Rua María Díaz de Haro terem deposto como testemunhas e não como arguidos.
Depois de perguntarem «onde estão os imputados», disseram não entender como é que na segunda-feira passada «já foram julgadas as pessoas que decidiram elevar a voz e protestar» frente a Rodolfo Ares no congresso «Memória e Convivência», celebrado a 20 de Maio último, e ainda «não conseguem sentar no banco dos réus aqueles que provocaram tamanho descontrolo».
Disseram sentir-se «estupefactos» pela forma «como o Sr. Ares se esquivou e depois se mostra orgulhoso pelo seu trabalho à frente da Ertzaintza», criticando o ex-conselheiro do Interior por «ter comido as palavras», «não esclarecendo absolutamente nada» sobre o que se passou na investigação interna que o seu Departamento pôs em marcha.
Por isso, exigiram aos próximos responsáveis da Polícia autonómica que «procedam a uma mudança radical no modelo policial», na medida em que o actual «não vale a pena» e «só gera mais dor». Pediram também ao novo Executivo que «não cometa o erro de criar novas armas e as usar contra o povo, sejam lá do tamanho que forem, atirem as balas que atirarem».
Finalmente, incentivaram as pessoas a participar na assembleia aberta que terá lugar no dia 17 de Janeiro, às 19h00, na Ekoetxea, em Bilbo, com o propósito de organizar «uma resposta contundente a esta afronta» e render «uma sentida homenagem» a Iñigo Cabacas no primeiro aniversário da sua morte. / Fonte: naiz.info / Ver: BilboBranka
Leitura:
«Se va… dejando huella de sangre», de Mikel ARIZALETA (BilboBranka)
Pero los testigos vieron a ertzainas embozados fuera de control y a mandos pidiendo tiempo para calmar a sus números. Con frecuencia estos ertzainas, dirigidos por el Sr. Ares, más que apaciguadores y restablecedores de la convivencia aparecen como provocadores de alboroto, de la mala leche y desvarío. Con Ares y también antes de Ares.