quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Napar Festa: a Fundação Nafarroa Bizirik surge com um projecto bastante ambicioso

No sábado passado, o pavilhão Anaitasuna, em Iruñea, recebeu a Napar Festa, evento convocado para que todos aqueles que trabalharam em torno da iniciativa 1512-2012 Nafarroa Bizirik ali pudessem partilhar as experiências vividas.

Na ocasião, os seus representantes afirmaram que, 500 anos depois, Nafarroa se mostrou «mais viva que nunca»; e confirmaram o que já fora anunciado em conferência de imprensa, ou seja, que o seu trabalho não vai terminar no final deste ano, na medida em se mantém a necessidade «de pôr em evidência as consequências dessas conquistas».

Centro de interpretação
Anunciaram também que, paralelamente, a iniciativa vai trabalhar na Fundação Nafarroa Bizirik, em colaboração com a Orreaga Fundazioa e a Eusko Kultur Fundazioa. Um dos projectos mais importantes que esta nova fundação tem entre mãos é o Enecco, Haritzaren memoria, um centro de divulgação interactivo sobre a história de Nafarroa que será instalado num bosque de Etxarri-Aranatz e que contará com diversas áreas. «Trata-se de um projecto a longo prazo, que tem como horizonte 2022 e para cujo desenvolvimento é fundamental a participação dos cidadãos», disse Sergio Iribarren, um dos membros da iniciativa Nafarroa Bizirik.

As cerca de 2000 pessoas que estiveram no Anaitasuna puderam também assistir às intervenções dos cantautores Amaia Zubiria e Petti, bem como à actuações do grupo musical Tximeleta e das palhaças Pusa y Jaca. Ao palco subiram ainda uma dupla de jovens joteras de Larraga e grupos de joaldunak.

A iniciativa Nafarroa Bizirik queria também homenagear o artista plástico Nestor Basterretxea, por lhes ter a obra «Tras el invierno el árbol germina», mas o artista não pôde estar presente. / Ver: Gara / Fotos: Napar Festa Anaitasunean

Publicação: Floren Aoiz, Más allá de 1512: Memoria, política e hegemonía, Tafalla, Txalaparta, 2012 (Ver entrevista de Ramón Sola - Gara - e entrevista-vídeo em ateakireki.com)
Na obra, o autor faz a defesa da união de forças por forma a construir uma hegemonia alternativa ao navarro-espanholismo actual.