Ontem, à entrada e à saída do serviço fúnebre da sua mãe, Angela Casal Tubet, o preso político itzubaltzetarra Iñaki Gonzalo Casal, Kitxu, ouviu dezenas de vezes expressões como «Kitxu, maite zaitugu» [gostamos de ti], «herria zurekin» [o povo está contigo] ou «Gora Angelitaren semea» [viva o filho de Angelita].
Respondendo à convocatória realizada pelo Herrira de Itzubaltzeta / Erromo, centenas de pessoas dirigiram-se para as imediações da igreja de São José Operário neste bairro do município biscainho de Getxo, para darem força a Gonzalo. Lá dentro, a igreja estava repleta de familiares, amigos, antigos colegas de trabalho e conterrâneos, que tiveram a oportunidade de cumprimentar o preso durante a comunhão.
As pessoas que se encontravam fora da igreja pediram aos ertzainas para estarem com o preso, mas os polícias não o permitiram. Durante o serviço fúnebre, o pároco da localidade denunciou as condições injustas impostas pelas Instituciones Penitenciarias.
Depois da cerimónia, quando Gonzalo estava a ser levado, os ertzainas carregaram com violência sobre as pessoas que se aproximaram da viatura em que seguia. Utilizaram cacetetes e bastões extensíveis ilegais, que provocaram contusões em diversas pessoas, incluindo o fotógrafo do ukberri.net. Algumas das pessoas espancadas responderam com paus.
De acordo com os familiares, o Gonzalo agradeceu a solidariedade recebida. / Notícia completa: ukberri.net via algortaHerrira / Fotos: ukberri.net
O Olentzero percorreu Euskal Herria e exigiu a amnistia
O Olentzero, mítico carvoeiro basco que na noite de 24 de Dezembro vai a todas as casas bascas e deixa presentes [ou carvão], andou pelas ruas das terras grandes e pequenas de Euskal Herria, juntando-se à imensa maioria do povo basco na reivindicação de amnistia para as presas e os presos políticos bascos, e do seu regresso a casa.
Apareceu logo pela amanhã em diversos pontos do território basco. Acompanhado por milhares de pessoas, também deixou claro o seu apoio à manifestação de dia 12 de Janeiro em Bilbo em defesa dos direitos dos presos.
Que não restem dúvidas de que o melhor presente para Euskal Herria seria ver, no ano que está prestes a começar, os prisioneiros e as prisioneiras novamente nas suas ruas e praças. / Mais informação e fotos: boltxe.info
Nota: 1. Em muitos poisos de EH - nas praças, nos lugares onde as pessoas se juntaram - apareceram cadeiras vazias (por vezes à mesa) com os nomes e/ou as fotos dos presos políticos encarcerados.