domingo, 16 de dezembro de 2012

Nasceu a EH11Kolore, para reivindicar a diversidade cultural da sociedade basca

Ao longo da sua história, Euskal Herria foi terra de emigrantes, gente que teve de ir para outras partes do mundo mas que não esqueceu as suas raízes bascas. Ao mesmo tempo, este país foi o destino de pessoas provenientes dos quatro cantos do mundo.

Hoje em dia, esta realidade «traz riqueza, embora também gere problemas». Sendo seu propósito «criar pontes» entre culturas, a EH11Kolore é uma iniciativa cidadã que visa fomentar o debate e a reflexão em torno desta diversidade «entendida como um valor em si mesma, face a tendências uniformizadoras ou segregacionistas».

Ontem, o Museu San Telmo, em Donostia, foi o palco do acto de apresentação, no qual tomaram parte, entre outros, Xabier Mendiguren, ex-secretário-geral do Kontseilua; Xosé Estévez, historiador e co-fundador do Fato Cultural Galego; Samira Goddi Mendizabal, antropóloga e mediadora intercultural; Rafael Giménez, membro da Asociación Gitana por el Futuro de Gipuzkoa; ou Souleymane Sarr, presidente da Asociación de Senegales de Markina.

Na ocasião, leu-se um manifesto «em defesa da igualdade de direitos, deveres e oportunidades de todos os cidadãos de Euskal Herria, seja qual for o seu lugar de origem». No texto rejeita-se «qualquer situação de discriminação por motivos de origem ou identidade».

Para além disso, os promotores da EH11Kolore defendem «a promoção de espaços de encontro e colaboração entre pessoas de diversas origens, dando visibilidade à nossa diversidade e propiciando dinâmicas de conhecimento mútuo para se alcançar o respeito mútuo».

«Euskara, o nexo que nos une»
O documento sublinha que o euskara «foi e é a máxima expressão de identidade partilhada ao longo da nossa história, o nexo que nos une na nossa diversidade e nos torna um povo». Mas línguas como o castelhano e o francês «também são nossas».

Da mesma forma que outras, mais minoritárias, que são utilizadas por pessoas que habitam o território de Euskal Herria, como podem ser os casos do galego, do árabe, de línguas chinesas, do inglês ou do quechua. Todas elas são, sublinha o manifesto, «manifestações da riqueza linguística e cultural do nosso país». / Imanol INTZIARTE / Fonte: Gara / Ver: Berria