A marcha de Ezkerraldea contra o desemprego, os cortes sociais e as despesas militares realizou-se, hoje, entre Santurtzi e Sestao (Bizkaia), com amplo apoio de sindicatos, comissões de trabalhadores, colectivos sociais e partidos políticos com implantação na comarca. Pediu-se maior envolvimento aos que hoje tomaram posse nos municípios da região, pois «são todos contra os cortes e a pobreza e o desemprego, mas depois não tomam medidas para reverter a situação».
A situação na Margem Esquerda da Bizkaia é dura: 25 mil desempregados, dos quais 67% não recebem qualquer tipo de subsídio. Para além disso, em 2014, 748 famílias foram alvo de acções de despejo. Javi Alonso, membro da Associação de Desempregados de Santurtzi presente na marcha, referiu que são «dados muito graves» e que «a comarca tem a taxa de desemprego mais alta de Euskal Herria».
Há mais de vinte anos que os sindicatos e os agentes sociais realizam a marcha contra a pobreza e o desemprego, e nota-se que as pessoas estão cada vez mais chateadas, disse Alonso. Pese embora as pessoas exigirem, ano após ano, uma outra política económica para a comarca, o Governo de Lakua, o Centro de Promoção - Behargintza e o Serviço de Emprego - Lanbide seguem por outro caminho. «Há cada vez mais cortes e são muitos os cidadãos que não têm qualquer tipo de ajuda». Para além disso, criticou Alonso, enquanto leva a efeito cortes nas áreas sociais, a Comunidade Autonómica Basca contribui com 700 milhões de euros para as despesas militares do Estado. «Com esse dinheiro poder-se-ia aliviar a situação de milhares de pessoas», disse.
No dia em que têm lugar as cerimónias de tomada de posse nos municípios de Euskal Herria, Alonso deixou uma mensagem para aqueles que assumem os cargos nas instituições de Ezkerraldea: «Queremos que se envolvam mais. São todos contra os cortes e a pobreza e o desemprego, mas depois não tomam medidas para reverter a situação». / Ver: Berria / Vídeo: Marcha contra o Desemprego em Ezkerraldea (Herrikolore)
sábado, 13 de junho de 2015
Centenas de pessoas manifestaram-se contra o desemprego em Ezkerraldea
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