quarta-feira, 24 de junho de 2015

Morreu Periko Solabarria, histórico militante da esquerda independentista basca

Faleceu hoje, com 85 anos, o histórico militante da esquerda abertzale Periko Solabarria. Foi padre, um incansável lutador pelos direitos dos trabalhadores e militante abertzale até ao final da vida. Passou pela prisão nos tempos do franquismo.

Nasceu em Portugalete (Bizkaia), em 27 de Janeiro de 1930, filho de um mineiro e de uma criada. Depois de ser ordenado, foi exercer o sacerdócio para o bairro mineiro de Triano - numa região com grande historial de luta. Nos anos 60 foi transferido para Barakaldo, e ali tirou a sotaina para se tornar um padre operário, trabalhando a tempo inteiro na construção e participando de forma activa em várias organizações operárias, sindicais e políticas. A militância político-sindical levou-o a ser encarcerado em várias ocasiões nos tempos da ditadura franquista.

Em 1975 entrou no sindicato LAB. Em 1977, foi eleito às Cortes pela Euskadiko Ezkerra - coligação que abandonaria para passar a integrar as listas do Herri Batasuna. Foi deputado do HB nas Cortes (1979-82) e no Parlamento de Gasteiz, eleito em 1980.

Sempre ligado à luta e à esquerda abertzale, colaborou ainda com a plataforma Berri-Otxoak e a Assembleia de Desempregados de Barakaldo, onde residia. Em 2013, foi acusado de «enaltecimento do terrorismo» por participar no acto político do festival Gazte Danbada, onde se assinalou o nascimento da organização juvenil Ernai. Na altura, ganhou força o lema «Periko sempre jovem» («Periko beti gazte»). Pouco antes de começar o julgamento de sete membros da Ernai e de uma jornalista, o tribunal retirou as acusações contra ele. / Ver: pakitoarriaran.org [Agur eta ohore, Periko! Até sempre, camarada!]

Leitura:
«El último líder de la clase trabajadora vasca», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Y es que Periko siempre ha estado a la vanguardia, por la sencilla razón de que es la clase trabajadora y como su mejor título que él orgullosamente acreditaba (peón de la construcción), la única que puede estarlo. Pues son los y las de abajo las que tienen todo por ganar. Los y las débiles. El puño rojo, ese mismo que levantamos al entonar el eusko gudariak es un desafío al poder y representa la unión de muchos dedos débiles que juntos y apretados pueden formar un puño fuerte. Una fuerza obrera contundente, lista para la lucha. Ese es el significado del famoso puño rojo y que en Periko igualmente tenía forma de corazón.