sábado, 15 de agosto de 2009

Euskal Herriko jaien berriak / Notícias das festas do País Basco (I)


O Município de Getxo manda derrubar as Gazte Txosnak de Portu Zaharra
Coincidindo com o início das festas de Portu Zaharra, em Algorta, os jovens da localidade denunciaram a retirada, por parte de operários municipais, da Gazte Txosna.
Os jovens alegam que fizeram várias tentativas no sentido de conseguir as devidas autorizações para a colocação de uma txosna [barraca de festa] no recinto de festas. Perante as reiteradas negativas da Câmara getxoztarra, decidiram montar, na terça-feira, uma txosna de madeira com a colaboração de muitos dos seus vizinhos. Os jovens esclareceram que o propósito desta acção consistiu simplesmente em mostrar o seu direito a ter uma txosna.
O autarca de Getxo, o jeltzale Imanol Landa, é que não esteve para brincadeiras e decretou a sua remoção imediata. Para justificar esta decisão, emitiu um comunicado que esta notícia também inclui.
Agora, veja-se no vídeo editado pela koskairratia.com (via kaosenlared.net) o espectáculo festivo que foi necessário para desmontar a barraca das festas, na quarta-feira de manhã, com os trabalhadores camarários escoltados por polícias municipais e duas furgonetas da Ertzaintza.
Notícia completa: Gara

Acosso policial asfixiante nas festas de Algorta
Mas a coisa não ficou por aqui e na quinta-feira, por volta das 9h da manhã, quatro patrulhas da Ertzaintza apareceram no recinto de festas de Portu Zaharra [Porto Velho], em Algorta, acompanhados pelo que parecia ser dois trabalhadores da brigada de limpeza, que passaram meia manhã a dar uso a espátulas, arrancando de várias paredes as fotos dos presos políticos bascos de Getxo; arrancaram ainda diversos cartazes e faixas com lemas como «Onde está Jon Anza?», cartazes em que se denuncia a cumplicidade de Sarkozy com a guerra suja e até tiras que apontam o dedo às agressões sexistas contra as mulheres.
O superior dos ertzainas para ali destacados, encapuzados e armados, ia indicando aos trabalhadores o que é que tinham de arrancar ou cobrir; no contexto desta dinâmica, cobriram uma pintada solidária com os presos que havia num grande paredão do molhe com tinta cinzenta. Para além destes agentes, havia vários outros ertzainas à paisana nas redondezas. As diversas tentativas, por parte dos jovens, de montar uma outra barraca no recinto das festas foram sendo frustradas ao longo do dia, mas à terceira foi de vez e os jovens conseguiram finalmente montar uma txosna, que acabaria por funcionar toda a noite, com grande afluência de público.
Notícia completa: koskairratia.com e kaosenlared.net

A esquerda abertzale sai em defesa da juventude de Lizarra
Depois de nas festas de Lizarra (Nafarroa) a Guarda Civil ter arremetido contra uma batukada que percorria as ruas da localidade, ter detido um jovem, e de três outros terem tido de comparecer em tribunal na sequência do incidente, a esquerda abertzale fez questão de defender a juventude da localidade face à «criminalização» de que está a ser alvo, em seu entender, por parte das FSE.
Em conferência de imprensa, salientaram que nas últimas semanas foram inúmeros os controlos policiais, as identificações e as revistas realizados por agentes da Guarda Civil nas imediações da localidade; «para além de provocações de todo o género», afirmaram.
A esquerda abertzale também se dirigiu ao Município de Lizarra, exigindo-lhe que procure evitar «agressões contra a liberdade de expressão».
Fontes: Gara e Gara

Os Donostiako Piratak atingiram as mais elevadas taxas de participação nas suas propostas festivas
Depois de milhares de pessoas terem assistido aos concertos do fim-de-semana passado, à romaria popular de domingo e à tremenda Abordaiara/Abordagem que decorreu na segunda-feira, os Donostiako Piratak continuaram a atingir novos recordes de participação no sétimo ano como promotores de festas alternativas, tal como voltou a ficar patente nos Jogos Populares de quarta à tarde. E de tal modo assim é que até o primeiro mandatário da autarquia reconheceu pela primeira vez o êxito da Abordaiara - isto é significativo, tendo em conta as turras que os Piratak e os promotores das «festas oficiais» têm tido em anos precedentes. [Carneirada é que bom, e falar de Woodstock e do Maio de 68 como tempos gloriosos também.]

Fonte: Gara