quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Reivindicadas acções de sabotagem contra quatro campos de golfe em Lapurdi


A dinâmica «O País Basco não está à venda» (Euskal Herria ez da salgai) reivindicou as acções de sabotagem à picareta contra quatro campos de golfe de Lapurdi num texto enviado ao Le Journal du Pays Basque e a outros órgãos de comunicação locais. Assim, as acções contra os campos de golfe de Xiberta, em Angelu (13 de Maio), de Arrangoitze (28 de Maio) e de Donibane Lohizune e Ziburu (29 de Julho) foram assumidas por esse movimento.

Neste primeiro comunicado enviado aos meios de comunicação, a dinâmica «O País Basco não está à venda» enquadra as acções na luta «contra a especulação e o desaparecimento da nossa identidade». Receios transmitidos, de acordo com os autores do documento, «pelos grupos políticos, sociais e armados nestas últimas décadas».

No que diz respeito ao debate que se seguiu às acções de sabotagem contra os greens, o comunicado explica: «os campos de golfe seriam motores de desenvolvimento da economia local e criadores de emprego. Mas isso chega para justificar qualquer tipo de actividade?». E recorda que os campos de golfe «degradam o ambiente» e «destroem as terras cultiváveis».

De acordo com os promotores desta dinâmica, a questão não está em saber se os campos de golfe interessam aos Bascos ou aos turistas, mas antes na «utilização que lhes foi dada no País Basco Norte». Lembram que Lapurdi tem pelo menos oito campos de golfe e consideram que estes desempenham um papel «na política de ordenamento do território levada a cabo por Paris: um lugar dotado de todas as infra-estruturas de lazer, habitado por um povo exótico e servil».

A dinâmica em questão recorre a diferentes modos de acção de forma a «mostrar que não estão dispostos a aceitar tudo e mais alguma coisa», precisa o comunicado, e apela à «organização» entre todos aqueles «que pretendem juntar-se a este combate». E terminam: «só a luta dá frutos, defendamos a terra, o País Basco não está à venda».

Goizeder TABERNA