Mais de três meses passados sobre o desaparecimento do militante abertzale Jon Anza, prosseguem os protestos e os pedidos de explicações sobre o que lhe aconteceu. Ontem ao meio-dia as três pontes principais do centro de Donostia foram cortadas ao trânsito. Pessoas solidárias exibiam nas suas T-shirts e em faixas a pergunta «non dago Jon?».
Na ponte do Kursaal dois dos solidários ataram-se à mesma corda e ficaram suspensos, cada um em seu lado da ponte. Em poucos instantes, várias patrulhas da Ertzaintza apareceram no local, que davam a impressão de não saber o que fazer. Permaneceram assim quase meia hora, enquanto retiravam uma ou outra faixa em que se interpelava o PSOE e a UMP sobre a sorte do militante da ETA e procediam à identificação de pessoas, muitos deles jovens de T-shirt vermelha a exigir a independência para Euskal Herria, que, nas imediações, se insurgiam contra o «terrorismo de Estado» e denunciavam o desaparecimento de Jon.
Por fim, os agentes da Polícia autonómica optaram por fazer subir os jovens à força; quando ergueram o primeiro, o outro caiu à água. As pessoas que se aperceberam do sucedido protestaram contra a agressividade e a violência dos ertzainas, que, não satisfeitos, fizeram com que o segundo solidário, ao ser erguido, embatesse várias vezes na ponte. Nessa altura, uma rapariga que se atreveu a criticar a atitude dos agentes foi presa, depois de um ertzaina de lhe ter batido. Os dois que se penduraram na ponte também foram presos.
Numa nas outras pontes, a corda que impedia a passagem do trânsito foi cortada por um veículo da Ertzaintza, que passou na ponte a grande velocidade. [Para além dos xerifes, cavaleiros a toda a brida - é o Far West!]
Ao todo, a Polícia autonómica prendeu dez pessoas, duas delas menores de idade. São acusadas de «desordem pública» e alguns ainda de «resistência» e «atentado à autoridade». Foram todos postos em liberdade durante a tarde.
Explicações de Rubalcaba
Também em Iruñea houve uma concentração em frente à Delegação do Governo espanhol de Nafarroa para denunciar o desaparecimento de Anza, em que participaram cerca de 150 pessoas, exibindo duas faixas com a mesma questão: «Rubalcaba, non dago Jon?». As pessoas permaneceram meia hora em silêncio - das 19h às 19h30 - na rotunda onde se juntam a Avenida de Carlos III e a Avenida da Baja Navarra, vigiados pelos polícias e agentes da Guarda Civil que guardam o edifício da delegação. Passada essa meia hora, deram por concluída a mobilização, na qual também se denunciou o recente sequestro e a tortura denunciada pelo arbizuarra Alain Berastegi.
M. ALTUNA-I. VIGOR
Na ponte do Kursaal dois dos solidários ataram-se à mesma corda e ficaram suspensos, cada um em seu lado da ponte. Em poucos instantes, várias patrulhas da Ertzaintza apareceram no local, que davam a impressão de não saber o que fazer. Permaneceram assim quase meia hora, enquanto retiravam uma ou outra faixa em que se interpelava o PSOE e a UMP sobre a sorte do militante da ETA e procediam à identificação de pessoas, muitos deles jovens de T-shirt vermelha a exigir a independência para Euskal Herria, que, nas imediações, se insurgiam contra o «terrorismo de Estado» e denunciavam o desaparecimento de Jon.
Por fim, os agentes da Polícia autonómica optaram por fazer subir os jovens à força; quando ergueram o primeiro, o outro caiu à água. As pessoas que se aperceberam do sucedido protestaram contra a agressividade e a violência dos ertzainas, que, não satisfeitos, fizeram com que o segundo solidário, ao ser erguido, embatesse várias vezes na ponte. Nessa altura, uma rapariga que se atreveu a criticar a atitude dos agentes foi presa, depois de um ertzaina de lhe ter batido. Os dois que se penduraram na ponte também foram presos.
Numa nas outras pontes, a corda que impedia a passagem do trânsito foi cortada por um veículo da Ertzaintza, que passou na ponte a grande velocidade. [Para além dos xerifes, cavaleiros a toda a brida - é o Far West!]
Ao todo, a Polícia autonómica prendeu dez pessoas, duas delas menores de idade. São acusadas de «desordem pública» e alguns ainda de «resistência» e «atentado à autoridade». Foram todos postos em liberdade durante a tarde.
Explicações de Rubalcaba
Também em Iruñea houve uma concentração em frente à Delegação do Governo espanhol de Nafarroa para denunciar o desaparecimento de Anza, em que participaram cerca de 150 pessoas, exibindo duas faixas com a mesma questão: «Rubalcaba, non dago Jon?». As pessoas permaneceram meia hora em silêncio - das 19h às 19h30 - na rotunda onde se juntam a Avenida de Carlos III e a Avenida da Baja Navarra, vigiados pelos polícias e agentes da Guarda Civil que guardam o edifício da delegação. Passada essa meia hora, deram por concluída a mobilização, na qual também se denunciou o recente sequestro e a tortura denunciada pelo arbizuarra Alain Berastegi.
M. ALTUNA-I. VIGOR
Notícia completa: Gara
Non da Jon?