
Estiveram na manifestação cerca de 15 000 pessoas - a maior alguma vez realizada em Ipar Euskal Herria sobre a questão basca e a mais participada na história de Baiona.
A Baiona, chegaram autocarros provenientes de muitas localidades de Euskal Herria, mas também veio gente da Córsega ou de Pau.

Também aderiram à mobilização diversos senadores, deputados e eleitos de partidos que não a apoiaram, bem como vice-presidentes do Conselho-Geral dos Pirinéus Atlânticos, vereadores e autarcas.
Os manifestantes não tiveram problemas para atravessar a fronteira e a chuva foi uma constante ao longo da mobilização. O senador francês Espagnac (PS) também se encontrava entre os manifestantes.

Quando a cabeça da manifestação chegou à Saint-André plaza, tinham partido os últimos manifestantes da Euskaldunen plaza.
Palavras de ordem como «Presoak kalera, amnistia osoa» [os presos para a rua, amnistia geral] ou «Iheslariak etxera» [os refugiados para casa] animaram a marcha, e Aurore Martin também esteve bem presente. Os joaldunes de Amikuze, que iam à frente daquele mar de gente, levavam a fotografia de Aurore com a palavra 'askatu' nas suas vestimentas.

Recordaram, antes de mais, os familiares que naquele momento se encontravam nas estradas a caminho das prisões ou no regresso a casa. Disseram que o protesto de hoje tem de ser um marco no respeito pelos direitos humanos e pediram a ambos os estados que façam uma escolha entre «o caminho da paz ou a negação dos direitos humanos».
Afirmaram que em Baiona se juntou muita gente, gente de diversas cores políticas e âmbitos sociais e, na sequência disso, fizeram um apelo à participação na manifestação convocada para dia 12 de Janeiro em Bilbo.

O grupo Xutik pôs um ponto final à manifestação com a canção que fez para o movimento Herrira. / Fonte: naiz.info [com consulta ao Berria] / Ver: Gara / Declaração do Herrira no final da manifestação (eus)
A Etxerat denuncia a situação de Pello Zelarain, que já devia ter sido libertado
A associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos - Etxerat - denunciou ontem a situação de Pello Zelarain, que permanece encarcerado, «ilegalmente», na prisão de Villena (Alicante). A Etxerat afirma que o preso, natural de Billabona (Gipuzkoa), devia ter sido posto em liberdade no início de 2011. No entanto, tanto Zelarain como os seus advogados tiveram de enfrentar diversos problemas relacionados com os entraves colocados pela prisão.
Foram apresentados vários recursos e os tribunais acabaram por dar razão à defesa do preso guipuscoano, que, ainda assim, continua na prisão.
A Etxerat afirma que, «mesmo quando os presos políticos bascos cumprem na íntegra as penas a que são condenados, já se tornou uma medida de excepção habitual o Governo espanhol deitar mão a todos os mecanismos que tem ao seu alcance para evitar a libertação, alterando as leis, ou à margem da própria lei». A Etxerat reclama a libertação imediata de Pello. / Fonte: Gara e etxerat.info