Em Iruñea, mais de 15 000 pessoas participaram na mobilização do meio-dia, segundo referiu o LAB. Partiu da Praça do Castelo, precedida por uma faixa em que se lia «Por unos derechos sociales y laborales dignos. Euskal Herriak bere eredu propioa».
Ouviram-se palavras de ordem como «Fuera ladrones de las instituciones», «No es crisis, es capitalismo» ou «El dinero del TAV, para la sanidad». A manifestação terminou no parque Antoniutti, onde se procedeu à leitura de um comunicado.
No final, ocorreram incidentes e a Polícia espanhola prendeu cinco pessoas. Em Nafarroa, para além de Iruñea, também houve manifestações ao meio-dia em Tutera, Tafalla, Lizarra, Doneztebe e Altsasu.
Incidentes depois da manifestação da tarde em Iruñea (InfoGune)
À tarde, houve 18 mobilizações em todo o herrialde. A marcha de Iruñea contou com 8000 pessoas, de acordo com o LAB, e nela estiveram presentes os responsáveis do ELA e do LAB em Nafarroa, Mitxel Lakuntza e Igor Arroyo, respectivamente.
Antes do início da manifestação, Eneko Yoldi, representante da Asamblea de Personas en Paro, afirmou que as mobilizações estavam a ser «massivas».
A mobilização de Gasteiz, que contou com cerca de seis mil manifestantes, partiu da Praça Bilbau, com dois camiões do Hiru à frente. Dali, dirigiu-se para a Praça da Virgem Branca, onde tomaram a palavra representantes do Hiru, do ESK e Ainhoa Etxaide e Adolfo Muñoz, secretários-gerais do LAB e do ELA, respectivamente.
Nas suas intervenções, deram especial ênfase ao início da criação de uma carta de direitos sociais para Euskal Herria. Muñoz perguntou «aos que ficaram no Parlamento sem respeitar o direito à greve» se lhes parece bem «a destruição social sistemática que está a ser organizada e que conta com a sua colaboração».
Disse que «há alternativa à disciplina da dívida e do déficit, para defender os salários e as pensões», e perguntou «por que é que Urkullu e Barcina não explicam que por cinco décimas de flexibilização de déficit os seus governos e partidos vão aceitar a implementação de novas e duríssimas reformas?».
Pediu ainda ao Executivo de Lakua que não siga o patronato «no caminho da redução salarial e da destruição das condições de trabalho».
Etxaide, por seu lado, considerou «urgente» abordar uma reforma fiscal estrutural «que permita utilizar a riqueza que existe e que foi gerada pelos trabalhadores, para melhorar os serviços públicos», e anunciou que o LAB irá continuar a «lançar torpedos» contra os acordos «ao serviço do capital».
«Aqui há massa social para fazer o acordo mais importante, o da não aplicação das reformas, o de não acatar as ordens do Governo de Madrid e bater o pé às exigências da elite económica basca», proclamou.
Donostia
Em Donostia, partiram colunas de Anoeta, no bairro de Amara, de Sagues, em Gros, e do bairro de Antigua. Milhares de pessoas juntaram-se em Donostia provenientes de todo o território guipuscoano, onde a adesão à greve foi massiva.
As três colunas juntaram-se na Rua San Martin e deram os últimos passos no Boulevard, que se encheu de gente. Foi significativa a presença de trabalhadores de empresas que se encontram em situações críticas, como a Corrugados Azpeitia, cujo proprietário anunciou o fechamento da fábrica.
Momentos de tensão no bairro de Antigua, Donostia (Argia)
Bilbo
No caso de Bilbo, quatro colunas partiram de Deustua, da Câmara Municipal, da Juan de Garay e da Alameda Rekalde, e todas elas se juntaram na Praça Elíptica, onde teve início a manifestação.
Milhares de pessoas participaram na marcha, que terminou no Sagrado Coração com as intervenções de Sonia González, do LAB, e Mikel Noval, do ELA. / Fonte: naiz.info
Carga no El Corte Inglés, Bilbo (Erre Harria)
Leitura:
«El diccionario les llama esquiroles», de Amparo LASHERAS (boltxe.info)
Nota de Boltxe.Info. Recuperamos este articulo, brillante, de Amparo Lasheras publicado hace dos años, pero de plena actualidad, y más tras la importante jornada de Huelga General ayer vivida en Hego Euskal Herria