O procurador que tem a seu cargo o caso das 23 pessoas detidas pela Ertzaintza durante o despejo do Gaztetxe Kukutza III pediu penas que oscilam entre os 22 080 euros de multa e os 3 anos de prisão, segundo revelou o Kukutzarekin Elkartasun Taldea.
Os jovens que resistiram várias horas dentro do Gaztetxe no dia 21 de Setembro de 2011 são acusados de crimes que vão de usurpação até atentado à autoridade. O julgamento ainda não tem data marcada.
A Kukutzarekin Elkartasun Taldea convocou uma manifestação para dia 6 de Junho em protesto contra mais este julgamento, o quarto do «caso Kukutza», para apoiar todas as pessoas indiciadas, feridas, identificadas e detidas e expressar o seu «repúdio pelas políticas municipais do PNV», que responsabilizam directamente pelo desmantelamento de um projecto social e cultural cujo resultado é, hoje em dia, um terreno vazio.
A mobilização parte da Câmara Municipal às 19h30, passa ao pé do tribunal e termina na Sabin Etxea (sede do PNV).
Relatórios policiais
Por outro lado, o grupo de solidariedade com o Kukutza fez saber que os detidos no dia 23 de Setembro de 2011, dia da demolição do gaztetxe, podem apanhar até 30 meses de prisão. Afirmam ainda que, em todos os processos judiciais abertos até à data, as acusações se basearam exclusivamente na palavra da Ertzaintza, que «muitas vezes mostrou ser falsa».
Na semana passada, por exemplo, dois jovens detidos durante os protestos contra a demolição e acusados de desordem pública foram absolvidos, depois de o juiz decretar que os factos «não possuíam gravidade suficiente para serem considerados crime». / Fonte: BilboBranka