Koldo Arriola, um jovem de 18 anos, perdeu a vida há 38 anos, mas a sua memória continua viva entre muitos ondarroarras, mesmo entre aqueles que ainda não eram vivos naquela época.
No dia 23 de Maio de 1975, Koldo Arriola e outros dois jovens voltavam para casa depois de um jantar de fim de curso em Saturraran. O seu «crime» foi o de passar em frente ao quartel da Guarda Civil - que ficava no centro da localidade - cantando em euskara. Arriola foi chamado por um agente, que o obrigou a entrar no edifício. Poucos minutos depois ouviu-se um disparo.
Na manhã seguinte, os seus pais receberam uma breve chamada telefónica da parte de um oficial da justiça a confirmar os seus piores receios: o seu filho estava morto e o corpo encontrava-se no depósito do cemitério.
Em protesto contra a morte, e apesar de estar em vigor o estado de excepção, uma greve geral paralisou Ondarroa e milhares de pessoas acompanharam o féretro de Arriola no funeral, que se realizou no dia 25.
Soube-se mais tarde o nome do militar - Pedro Rodríguez - que lhe atirou dois tiros à queima-roupa.
«Koartel honetan erail zuten Koldo Arriola gaztea gugan bizi» [Neste quartel mataram o jovem Koldo Arriola, que vivia entre nós / em nós]. Esta frase, escrita na faixa que foi colocada no muro do edifício durante décadas ocupado pela Guarda Civil, presidiu à homenagem que em 2010 lhe tributaram os seus conterrâneos.
Durante o referido estado de excepção de 1975, imposto pela ditadura franquista na Bizkaia e em Gipuzkoa, foram mortos em pouco mais de um mês, por membros das forças policiais ou de grupos paramilitares, os cidadãos bascos Alfredo San Sebastián, Felicitas María Lecket, Blanca Salegi, Iñaki Garay e Jesús Mari Markiegi. / Fonte: Ahaztuak 1936-1977 via boltxe.info